O FADISTA
“Na Igreja de Santo Estevão”
Ardem guitarras na praça
Em auto de sacrifício.
Não há versos que descrevam
Esse fadista de raça
Que foi Fernando Maurício.
.
“Tantos fados deu-lhe a vida”
De sofrimento e mal paga
“Escreveu seu nome no vento”.
Deixou-nos p´ra ser ouvida
Como “Estrela que se apaga”
Sua voz por testamento.
.
O seu estilo ficou
A letras d’ouro gravado
Nos anais da tradição.
“O seu coração parou”
Chegou ao fim o seu fado
“Boa noite solidão”.
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