Eduardo Alípio, nasceu na cidade do Porto e foi um dos mais promissores
fadistas do cidade. Foi proprietário do restaurate “O Repuxo”, na rua das
Antas, onde o fado acontecia semanalmente e com frequência. Gravou muitos
trabalhos em K7, CD e até em LP, como foi o caso do seu: “Alma de Imigrante”
apresentado no teatro Rivoli em 1991, numa grande noite de fado com a presença
de diversos convidados como: Fernando Maurício, América Rosa, Gina Santos,
entre outros. Espectáculo inesquecível, elaborado por Carlos Bessa com um guião
admirável, pois antes do Eduardo interpretar cada um dos doze temas, o poema
era lido pelo declamador Sérgio Marques, que impunha um ênfase especial a cada
tema do LP. Neste trabalho, é de salientar os temas do letrista Manuel Carvalho:
“Fadocanto”, e “A Procurar me perdi” com música de Nel Garcia e ainda “Maria do
Douro” com música da dupla Samuel Cabral e Manuel Rego. Curiosamente este tema
foi escrito para o Eduardo concorrer ao
Festival da Canção do Douro no Marco de Canavezes em 1990. Com a inscrição
feita fora do tempo, o tema acabou por ser inserido no seu LP de 1991, que
aliás, a Rádio Festival passou diversas vezes nos “Discos Pedidos” e foi do
agrado do público.
Do seu
primeiro trabalho em CD de 1992: “Porque sou sentimental”, destaca-se do mesmo
autor, “Meu enlevo, minha mãe”, na música do Fado Vitória e ainda dois temas de
José Guimarães, com músicas de Resende Dias:
“Vou por aqui, vou por ali” e “ No fado nem tudo é triste”. No seu último CD de 1997, preenchido todo ele com
canções, salientam-se três temas de Manuel Carvalho: “Não lhe diga que me viu”,
“vida e sorte” e “Tudo seria melhor com amor” com músicas de Marcus Levi e sua
orquestra.
O 1º
trabalho de Eduardo Alípio, data de 1989 onde gravou para a “Horizonte” em K7,
dois êxitos na sua voz: Na música do Fado Porto a letra de Manuel Carvalho:
“Noite Fria” e ainda, o fado com letra de Carlos Bessa “Rosita d’Aguda”.
O
Eduardo Alípio chegou a ser Rei do fado do Porto junto com América Rosa. O
Concurso teve a iniciativa do jornal “Festival” que tinha como director José
Neves. O Eduardo partiu prematuramente do nosso seio em 13 de Fevereiro de 2002
deixando imensas saudades.
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