fevereiro 21, 2011

UM FADO PARA OUVIR E VER

Do CD “Murmúrios” de Melanie em 2002

Letra de: Manuel Carvalho. Fado Vianinha de: Francisco Viana

Guitarra: Mário Henriques. Viola: Jorge Serra

GALERIA DO FADO

3º Álbum

Vê como há muita gente do Fado, na cidade do Porto

GALERIA DA SAUDADE

3º ÀLBUM

Recorda quem deu muito ao fado

ESCOLAS DO FADO


Maria Teresa do Carmo de Noronha Guimarães Serôdio, nasceu em Lisboa a. 7 de Novembro de 1918 e faleceu em São Pedro de Penaferrim a 4 de Julho de 1993. Criada num meio aristocrata, era bisneta de D. João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º conde de Paraty e de D. Vasco António de Figueiredo Cabral da Câmara, 3º conde de Belomonte, ambos do lado paterno, e descendente dos Condes dos Arcos, do lado materno. Ttornou-se Condessa de Sabrosa, pelo seu casamento com D. José António Barbosa de Guimarães Serôdio, grande admirador do Fado e guitarrista amador.

Mostrando desde cedo uma decidida aptidão para interpretar o Fado, cantava em festas de família e de amigos. Com a sua visita aos retiros de Fado passa a tornar-se conhecida a sua expressão artística, e a ganhar muitos admiradores autênticos, entre eles, vários conhecedores do Fado. Grava o seu primeiro single com o título de O Fado dos Cinco Estilos em 1939. Um ano antes já a Emissora Nacional, convidara Maria Teresa de Noronha a actuar, tendo sido acompanhada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão, e apresentada aos ouvintes pelo locutor D. João da Câmara. O êxito que obteve levou-a a iniciar o programa semanal Fados e Guitarradas, que esteve no ar vinte e três anos seguidos.

Fados como: Fado da Verdade, Fado Hilário e Fado Anadia foram êxitos que muito agradaram ao grande público, assim como outros fados do seu repertório, entre os quais: Nosso Fado, Fado Menor e Maior, Minhas Penas, Pintadinho, Pombalinho ou Fado Rio Maior.

Em 1968 abandona a Emissora mas não deixa de cantar, continuando a fazê-lo em privado. De entre as suas actuações no estrangeiro, destaca-se em 1946 a sua deslocação a Espanha, por ocasião do Festival da Feira do Livro de Barcelona, e ainda Madrid, a convite do Governo espanhol, para actuar no Hotel Ritz, onde teve um êxito estrondoso. Ainda em 1946 vai ao Brasil e é igualmente muito apreciada. Actuou no Mónaco para Grace Kelly e Rainer III e em 1964 desloca-se a Londres para actuar na BBC.

A sua dicção, a sua maneira de se expressar, a forma como dominava as figurações intrincadas como os pianinhos e os roubados tornou-a criadora de um estilo muito próprio, que fez escola.

Fonte: Wikipedia

ANDA UM FADO POR AÍ


.

Andei por outros caminhos

Neles sempre me perdi

Fui dono doutros destinos

Mas foram esses caminhos

Que me trouxeram p’ra ti

.

Alcancei mais horizontes

De muitas águas bebi

Corri vales, corri montes

Mas as águas dessas fontes

Correram sempre p´ra ti

.

Andei por outros lugares

Muitas saudades senti

Outras gentes outros mares

Mas por amor me chamares

Voltei sempre para ti

.

Quando um dia decidi

Nunca, nunca mais partir

Fiquei contigo e aqui

Encontrei-me mal te vi

Nos meus braços a sorrir