setembro 29, 2010

UM FADO PARA OUVIR E VER

GENTE DO FADO


Dia 04 – Fadista, Mafalda Arnaulth

Dia 04 – Fadista, Maria Armanda

Dia 13 – Violista, compositor e letrista, Nel Garcia

Dia 14 – Fadista do Porto, Alfredo Guedes

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Dia 06 – Fadista Amália Rodrigues, 1999

22 ANOS DE FADO 1988/2010

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2005 / CÁTIA SOFIA

Fado Menor do Porto / J. J. Cavalheiro

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MINHA MÃE E MEU FADO

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Amor de mãe é sagrado

Eu canto aqui a preceito

Mas minha mãe e meu fado

Cabem os dois no meu peito

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Eu arranjei um cantinho

Bem dentro do coração

P’ra minha mãe o carinho

Para o fado minha afeição

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Canto assim de pequenina

Pró fado nasci talhada

Se o fado não se ensina

Então nasci ensinada

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Se foi Deus ò minha mãe

Que meu destino traçou

Então foi ele também

Qu’este fado m’ensinou

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2005 / CÁTIA SOFIA

Fado Tamanquinhas / Carlos Neves

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TRÊS JÓIAS

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Eu guardo com avareza

Três jóias três amores meus

São toda a minha riqueza

São a minha natureza

São uma prenda de Deus

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De minha mãe e meu pai

Guardo esse amor sem fim

É tanto que sobressai

Do coração não me sai

Sou fruto desse jardim

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Ainda trago em meu peito

Outro amor abençoado

Minha avó amor-perfeito

È dela que herdei o jeito

De vos cantar este fado

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São três jóias três amores

Que guardo com avareza

Terei outros sem favores

Mas estes três meus amores

São toda a minha riqueza

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2005 / FERNANDO JOÃO

Música própria / Nel Garcia

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FADOCANTO
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Trago fado no peito como alento

Junto ás minhas coisas mais secretas

Dou-lhe a minha voz cantando ao vento

Palavras mais sentidas dos poetas

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Foi fado o meu nascer ó minha mãe

Foi fado amores que tive e vi morrer

É fado o meu viver sem ter ninguém

Será fado o meu fim quando vier

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Meu modo de cantar este meu jeito

Nasceu comigo numa tarde calma

Por isso trago fado no meu peito

E canto quando a dor m’invade a alma

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É fado a minha voz que por encanto

Te leva esta mensagem plangente

É fado este sentir que t’amo tanto

E dize-lo cantando a toda a gente

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MINHAS PALAVRAS SENTIDAS


NO ESPAÇO

Encontramo-nos num ponto do universo

com “Boavista” para o planeta terra

Atravessamos a órbita terrestre da cidade

invisíveis, sem ninguém nos ver

Entramos numa galáxia só nossa

que interplanetariamente

tinha as coordenadas, quatrocentos e seis

Encontramos depois novas constelações

tivemos a Lua nas mãos e nos olhos

fomos ao céu e voltamos

Fomos testemunhas dum eclipse total

e o Sol despertou-nos ás nove da manhã

dum dia qualquer de Setembro

Vivemos no espaço, precisamente

quinze horas e quarenta minutos

Prometemos voltar mais vezes

Mas nunca mais voltaste.