agosto 21, 2011

UM FADO PARA OUVIR E VER





DILEMA


Do CD “Um Brinde à Vida” de Nelson Duarte em 2008


Letra de: Manuel Carvalho. Fado Louco de: Alfredo Marceneiro


Guitarra: Miguel Amaral. Viola: André Teixeira. Baixo: Rui Leite


GALERIA DO FADO




GALERIA DA SAUDADE




ESCOLAS DO FADO





FERNANDO FARINHA



Talvez poucas pessoas saibam que esta figura tão típica da cidade de Lisboa e da sua memória nasceu, afinal, no Barreiro, em 1928. O seu pai, barbeiro, decide tentar a sorte na capital e, com 8 anos, o pequeno Fernando vem viver para o bairro do Bica.
No ano seguinte canta pela primeira vez em público, num concurso entre bairros. Triunfante, com alcunha logo ali ficou: o "Miúdo da Bica". Com 11 anos, por morte o pai torna-se profissional do fado, para o que foi precisa licença especial. Apoiado pelo conhecido empresário José Miguel, vai ganhar 50 escudos por noite no Café Mondego. Pela mão de Fernando Santos, jornalista e autor, entra ainda criança no Teatro de Revista (Boa Vai Ela), na qual se estreia, igualmente, Laura Alves. Aufere 100 escudos por noite. Assim ampara a família.
O percurso das casas de fados será o seu destino nos anos que se seguem: Retiro da Severa, Solar da Alegria, Café Latino. Com 23 anos vai pela primeira vez ao Brasil. Aí estará durante quatro meses, actuando nas rádios Tupi e Record, de São Paulo. Ao longo de toda a década de cinquenta internacionalizará, progressivamente, a sua carreira junto das prósperas comunidades portuguesas, sobretudo do Brasil. Em 1957 é nomeado "A Voz mais portuguesa de Portugal", pela Rádio Peninsular.
Presente na televisão desde os seus alvores, Fernando Farinha participa no programa Melodias de Sempre. A década de sessenta é o culminar da sua popularidade. Segundo classificado em 1961, triunfa em 1962 como Rei da Rádio. No ano seguinte vence o primeiro galardão "Disco de Ouro", à frente de Calvário e de Tudela. Em 1963 ganha o Óscar da Casa da Imprensa para melhor fadista. Participou nos filmes O Miúdo da Bica e Última Pega.
Continuou a sua carreira nas décadas seguintes, actuando sobretudo para as comunidades de emigrantes. Uma das suas facetas menos conhecidas é a sua capacidade como autor e letrista, escreveu enumeras letras que mesmo ele interpretou. Assim a titulo de exemplo —Todos se recordam do grande êxito na voz de Fernando Maurício “Um copo, mais um copo” com letra e música de Fernando Farinha. O Miúdo da Bica, faleceu a 12 de Fevereiro de 1988, mas foi um grande marco no panorama do fado.


Fonte: Wikipedia




ANDA UM FADO POR AÍ


Quero dormir em teus braços




És colo dos meus cansaços




Poema que eu concebi




Aproveitando este ensejo




Vou confessar-te num beijo




Que gosto muito de ti




.




Ninguém me conte a verdade




Dizendo que a felicidade




Não passa duma expressão




Antes viver na utopia




Num mundo de poesia




Que perder essa ilusão




.




Quero que sejas meu fado




Todo a rimas bordado




Com linhas feitas de luz




Que tenha alma e me diga




Muito mais que uma cantiga




Na minha voz que o traduz




.




Quando a tristeza vier




Chamo-te minha mulher




P’ra fazeres amor comigo




Num incesto mais que louco




Vou fazendo pouco a pouco




Este poema contigo