Aqui quero: Divulgar aqueles que deram a voz ás minhas palavras. Compartilhar com todos,o pouco que sei sobre o Fado. Divulgar e demonstrar que no Porto, também há Fado.
fevereiro 28, 2010
GENTO DO FADO
22 ANOS DE FADO 1988/2010
.
FELICIDADE FÉ E ARTE
Esta vida tem momentos
De radiosa alegria
Outros de grandes tormentos
Cada um ao nascer
Tem o destino marcado
Pela sorte que vai ter
Felicidade
Não é um bem permanente
Diz o povo, é verdade
Que bate á porta da gente
Em qualquer parte
Cada um tem a que quer
Basta ter fé e ter arte
E o amor de uma mulher
Pecador ou perfeito
A ser feliz neste mundo
Cada um tem o direito
Mas a vida contradiz
Entre o homem rico ou pobre
Escolham o mais feliz
Esta vida tem momentos
De radiosa alegria
Outros de grandes tormentos
Cada um ao nascer
Tem o destino marcado
Pela sorte que vai ter
Felicidade
Não é um bem permanente
Diz o povo, é verdade
Que bate á porta da gente
Em qualquer parte
Cada um tem a que quer
Basta ter fé e ter arte
E o amor de uma mulher
Pecador ou perfeito
A ser feliz neste mundo
Cada um tem o direito
Mas a vida contradiz
Entre o homem rico ou pobre
Escolham o mais feliz
.
1992 / AUGUSTO LOPES
Fado Súplica / Armando Machado
Fado Súplica / Armando Machado
.
A RAIVA DE SER ASSIM
Pela taça da vida já bebi
Horas d’angustia, d’amargura
Tanto de saudade já sofri
E quase d’amor fui à loucura
A raiva qu’em meu peito mais me dói
È tentar ser feliz e não o ser
Ter sempre esta tristeza que me mói
A alma tão dorida de sofrer
Tento compreender meu semelhante
E semeio a virtude, tanto assim
Que ouvindo os outros num instante
Fico a sofrer por eles e por mim
O fado cantando vou mantendo
Esta chama d’amor acesa em mim
Gritando que a maldade não me vendo
Sou aquilo que sou nasci assim
Pela taça da vida já bebi
Horas d’angustia, d’amargura
Tanto de saudade já sofri
E quase d’amor fui à loucura
A raiva qu’em meu peito mais me dói
È tentar ser feliz e não o ser
Ter sempre esta tristeza que me mói
A alma tão dorida de sofrer
Tento compreender meu semelhante
E semeio a virtude, tanto assim
Que ouvindo os outros num instante
Fico a sofrer por eles e por mim
O fado cantando vou mantendo
Esta chama d’amor acesa em mim
Gritando que a maldade não me vendo
Sou aquilo que sou nasci assim
.
.
MEU PAI MEU TIMONEIRO
Dos amores de todos nós
Amor de pai é talvez
O que menos canta a voz
Do coração português
Se o fado é oração
Canto nele este recado
Ó meu pai como era bom
Ter-te de novo a meu lado
Ó meu pai, Meu amigo verdadeiro
Meu amor meu timoneiro
Dos passos qu’eu ando a dar
Ó meu pai, Que saudades companheiro
Dessas noites de Janeiro
Com histórias p’ra contar
Ó meu pai, Sem teu afago e ternura
Há quem pense ser loucura
Andar a chorar por ti
Mas não meu pai, Sabes meu pai
São as saudades de ti
Os teus conselhos meu pai
Guardei-os com devoção
Só a saudade não sai
Dentro do meu coração
Meu pai aí no além
Vela por mim meu amor
Eu cá na a terra também
Rezo por ti ao senhor
MEU PAI MEU TIMONEIRO
Dos amores de todos nós
Amor de pai é talvez
O que menos canta a voz
Do coração português
Se o fado é oração
Canto nele este recado
Ó meu pai como era bom
Ter-te de novo a meu lado
Ó meu pai, Meu amigo verdadeiro
Meu amor meu timoneiro
Dos passos qu’eu ando a dar
Ó meu pai, Que saudades companheiro
Dessas noites de Janeiro
Com histórias p’ra contar
Ó meu pai, Sem teu afago e ternura
Há quem pense ser loucura
Andar a chorar por ti
Mas não meu pai, Sabes meu pai
São as saudades de ti
Os teus conselhos meu pai
Guardei-os com devoção
Só a saudade não sai
Dentro do meu coração
Meu pai aí no além
Vela por mim meu amor
Eu cá na a terra também
Rezo por ti ao senhor
MINHAS PALAVRAS SENTIDAS
EXISTIR
Este viver como calha
na ponta da navalha
Este cumprir do ritual
desta vida sempre igual
Esta cansada tristeza
da esperança sempre acesa
Este inconformismo eterno
da vida ser sempre Inverno
Este passar do tempo
sem nunca se ter tempo
Esta condescendência
com a nossa consciência
Este cansaço no peito
do desalento sem jeito
Esta humilhação de pedir
constantemente desculpa
Apenas por existir.
Este viver como calha
na ponta da navalha
Este cumprir do ritual
desta vida sempre igual
Esta cansada tristeza
da esperança sempre acesa
Este inconformismo eterno
da vida ser sempre Inverno
Este passar do tempo
sem nunca se ter tempo
Esta condescendência
com a nossa consciência
Este cansaço no peito
do desalento sem jeito
Esta humilhação de pedir
constantemente desculpa
Apenas por existir.
fevereiro 16, 2010
fevereiro 15, 2010
GENTE DO FADO
22 ANOS DE FADO 1988/2010
.
FADOCANTO
Trago fado no peito como alento
Junto ás minhas coisas mais secretas
Dou-lhe a minha voz cantando ao vento
Palavras mais sentidas dos poetas
Foi fado o meu nascer ó minha mãe
Foi fado amores que tive e vi morrer
É fado o meu viver sem ter ninguém
Será fado o meu fim quando vier
Meu modo de cantar este meu jeito
Nasceu comigo numa tarde calma
Por isso trago fado no meu peito
E canto quando a dor m’invade a alma
É fado a minha voz que por encanto
Te leva esta mensagem plangente
É fado este sentir que t’amo tanto
E dize-lo cantando a toda a gente
Trago fado no peito como alento
Junto ás minhas coisas mais secretas
Dou-lhe a minha voz cantando ao vento
Palavras mais sentidas dos poetas
Foi fado o meu nascer ó minha mãe
Foi fado amores que tive e vi morrer
É fado o meu viver sem ter ninguém
Será fado o meu fim quando vier
Meu modo de cantar este meu jeito
Nasceu comigo numa tarde calma
Por isso trago fado no meu peito
E canto quando a dor m’invade a alma
É fado a minha voz que por encanto
Te leva esta mensagem plangente
É fado este sentir que t’amo tanto
E dize-lo cantando a toda a gente
.
1991 / EDUARDO ALÍPIO
Música Própria / Manuel Rego e Samuel Cabral
Música Própria / Manuel Rego e Samuel Cabral
.
MARIA DO DOURO
Maria do Douro / Tu és o tesouro
Que ainda me resta.
É doce o teu vinho / Que alegra o povinho
Em dias de festa.
Na terra que amanhas / Na luta que ganhas
O pão do teu dia.
É teu esse chão / E queiras ou não
És D’ouro Maria.
Bonita de cor trigueira
Tem nos braços a canseira
Duma vindima do Douro
Tem no corpo o movimento
De danças feitas ao vento
Num campo de milho louro
Maria do Douro / Tu és o tesouro
Que ainda me resta.
É doce o teu vinho / Que alegra o povinho
Em dias de festa.
Na terra que amanhas / Na luta que ganhas
O pão do teu dia.
É teu esse chão / E queiras ou não
És D’ouro Maria.
Nascida em terra de lendas
Na arca que guarda rendas
Vive uma moura encantada.
E nos “Cantaréus” que canta
Anda uma alegria santa
A ponto de cruz bordada
Maria do Douro / Tu és o tesouro
Que ainda me resta.
É doce o teu vinho / Que alegra o povinho
Em dias de festa.
Na terra que amanhas / Na luta que ganhas
O pão do teu dia.
É teu esse chão / E queiras ou não
És D’ouro Maria.
Bonita de cor trigueira
Tem nos braços a canseira
Duma vindima do Douro
Tem no corpo o movimento
De danças feitas ao vento
Num campo de milho louro
Maria do Douro / Tu és o tesouro
Que ainda me resta.
É doce o teu vinho / Que alegra o povinho
Em dias de festa.
Na terra que amanhas / Na luta que ganhas
O pão do teu dia.
É teu esse chão / E queiras ou não
És D’ouro Maria.
Nascida em terra de lendas
Na arca que guarda rendas
Vive uma moura encantada.
E nos “Cantaréus” que canta
Anda uma alegria santa
A ponto de cruz bordada
.
1992 / AUGUSTO LOPES
Fado Solene / Alberto Correia
SONHO PERFEITO
Eu já te tinha encontrado
Muito antes do destino
Já vivias a meu lado
No meu berço de menino
O teu modo de beijar
É tal qual o que pensei
O brilho do teu olhar
Foi assim que imaginei
O teu corpo meu amor
Desenhei-o a finos traços
Senti-lhe a alma o calor
Ao moldar-se nos meus braços
Eras meu sonho perfeito
A mulher que eu sempre quis
Hoje és um sonho desfeito
Mas mesmo assim sou feliz
Fado Solene / Alberto Correia
SONHO PERFEITO
Eu já te tinha encontrado
Muito antes do destino
Já vivias a meu lado
No meu berço de menino
O teu modo de beijar
É tal qual o que pensei
O brilho do teu olhar
Foi assim que imaginei
O teu corpo meu amor
Desenhei-o a finos traços
Senti-lhe a alma o calor
Ao moldar-se nos meus braços
Eras meu sonho perfeito
A mulher que eu sempre quis
Hoje és um sonho desfeito
Mas mesmo assim sou feliz
MINHAS PALAVRAS SENTIDAS
VINGO-ME
Vingo-me de mim
Quando dou aos meus filhos
os “Legos” para brincarem.
Vingo-me de mim
Ao vê-los comer batatas fritas com bife
Igual ao que minha avó me deu
quando fiz seis anos.
Vingo-me de mim
Quando os vejo ler à luz do candeeiro
Mas não de petróleo como era o meu.
Vingo-me de mim
Vingo-me de mim
Quando dou aos meus filhos
os “Legos” para brincarem.
Vingo-me de mim
Ao vê-los comer batatas fritas com bife
Igual ao que minha avó me deu
quando fiz seis anos.
Vingo-me de mim
Quando os vejo ler à luz do candeeiro
Mas não de petróleo como era o meu.
Vingo-me de mim
Quando eles ligam o aquecedor na sala
E não aquecem as mãos no borralho.
Vingo-me de mim
Nessas alturas vingo-me
De tudo que não tive.
E não aquecem as mãos no borralho.
Vingo-me de mim
Nessas alturas vingo-me
De tudo que não tive.
Assinar:
Postagens (Atom)