junho 29, 2009

RECORDANDO

De 1 a 15 de Julho

DIAS DE FELICIDADE

Dia 02 – Joaquim Lopes, Poeta Popular de V. N. Gaia
Dia 12 – Hermano da Câmara, Monge Fadista nascido em 1933


DIAS DE SAUDADE

Dia 05 – Maria Teresa de Noronha, Fadista falecido em 1993
Dia 12 – Carlos Conde, Poeta de Fado falecido em 1981
Dia 12 – Berta Cardoso, Fadista falecida em 1997
Dia 15 – Fernando Maurício, Fadista falecido em 2003

VOZES DAS MINHAS PALAVRAS

ROSINA ANDRADE

CANÇÃO AO VENTO
Fado Franklim (sextilhas) / Franklim Godinho
K7: “O Xaile de minha avozinha” – Conquista/1993





ALBANO SIMÕES

MAR D’AMOR
Fado Cuf / Alfredo Marceneiro
K7: “Fado” – Nova Força/1993

SOU ASSIM
Fado 3 Bairros / Casimiro Ramos
K7: “Fado” – Nova Força/1993

RECORDAR É VIVER


NUMA CASA DE FADO DO PORTO
Presentes: Fontes Rocha e seu viola, Gina Santos, Ana Madalena,
Alfredo Guedes e Samuel Cabral
(foto de Alfredo Guedes)

A TV FOI AO FADO

À CONVERSA COM JÚLIO COUTO
JOAQUIM MIRANDA
Local: Adega Estudantina



MANUEL VALES
Local: Fado Menor - Sé



SÉRGIO MARQUES
Local: Eurocafé

SABIA QUE...


Artur Ribeiro nasceu no Porto em 1923, mas cedo vem para Lisboa e aqui fica radicado, sendo para mim o poeta que fez um dos poemas mais lindos sobre Lisboa, A Grande Marcha de Lisboa 1965 – Só Lisboa.
É também autor de: Lisboa à meia-noite, Cachopa do Minho, A Rosinha dos Limões, A Fonte das Sete Bicas, Sete Saias, Nem às Paredes Confesso, Pauliteiros do Douro, Eu nasci Amanhã, O Meu Coração Parou, Adeus Mouraria, Fiz Leilão de Mim, Anda o fado Noutras Bocas, è Urgente que Venhas, Vielas de Alfama, etc.
A sua parceria com Fernando Farinha e mais tarde com Max teve o condão de nos deliciar, e foi raro o artista que não cantou Fados da sus autoria. Conheci-o e convivi com ele desde muito jovem, meu pai e meu avô eram seus grandes amigos, era uma pessoa bastante afável e uma clarividência intelectual notável, aprendi muita coisa em escutá-lo, ficou-me a honra de ter gravado um poema seu que escreveu de propósito para mim. A que deu o título “Ser Mais Um Entre Tantos” ao receber esse poema que sinto tem mesmo a ver comigo constatei que aquele grande Senhor durante aqueles anos que falava com este rapazinho de então, me levava a sério, e já homem escreve-me num fado tudo aquilo que de mim se apercebeu.
Artur Ribeiro deixou de escrever poemas para nós em 1988.
O meu projecto de Lisboa A Cidade mais cantada do mundo tem como poema número um a Canção de Lisboa de Artur Ribeiro e já transcrita neste blogue. Fiz a apresentação de projecto à CML e espero vir a ter colaboração de toda a comunidade fadista para que seja feita a devida homenagem a este grande poeta que tanto amou Lisboa, para que lhe seja atribuída a titulo póstumo a Medalha da Cidade e uma rua da edilidade.

Fonte: Blogue: “Lisboa no Guinness de Vítor Marceneiro

junho 15, 2009

RECORDANDO

De 15 a 30 de Junho

DIAS DE FELICIDADE

Dia 20 – António Rocha, fadista de Lisboa nascido em 1938


EFEMÉRIDES

Dia 18 – Tristão da Silva, cantor nascido em 1927
Dia 23 - Amália Rodrigues, fadista nascida em 1920


DIAS DE SAUDADE


Dia 17 – Aurísio Gomes, Fadista portuense falecido em 1995
Dia 21 – Nicolau Rocha, Fadista portuense falecido em 2003
Dia 26 – Alfredo Marceneiro, Fadista falecido em 1982

VOZES DAS MINHAS PALAVRAS


MÁRIO RUI

MINHA MÃE POR CARIDADE
Fado Carlos da Maia / Carlos da Maia
K7: “O Fadista” – Conquista/1999



JOSÉ FERREIRA

QUEM FOI ?
Fado Juras ou Patusco / Alfredo Mendes
K7: “Guitarra toca baixinho” – Horizonte/1989

TUDO BEM
Fado João Maria dos Anjos / João Maria dos Anjos
K7: “Guitarra toca baixinho” – Horizonte/1989

RECORDAR É VIVER

NUMA CASA DE FADO DO PORTO
Presentes: Samuel Cabral e Gina Santos
(foto de Alfredo Guedes)

A TV FOI AO FADO

À CONVERSA COM JÚLIO COUTO



CARLOS REIS
Local: Varandas do Infante

FILOMENA SOUSA
Local: Restaurante Escritório


ANTÓNIO TERRA
Local: Restaurante O Fundão

SABIA QUE...



ALBERTO JANES

Depois de estudar na Escola Superior de Lisboa e em Coimbra acabou por se licenciar em Farmácia na Faculdade de Farmácia do Porto, em 1934. Já nessa altura era notada a sua aptidão inata para o espectáculo musicado ao ser autor de diversas récitas. Numa delas, intitulada “As Pupilas do Senhor Doutor”, Alberto Janes, para além de todo o trabalho de composição de letras e músicas, desempenhou o papel de “compére”. Após a conclusão do seu curso (foi o primeiro reguenguense a diplomar-se naquela Faculdade) estabeleceu-se em Reguengos como proprietário de uma farmácia que já era do pai.
Alberto Janes ficou e é conhecido mundialmente pelos poemas e músicas de que foi autor. A sua veia artística era imensa, desde pequenino. Eram frequentes os encontros com amigos no Café Central, em Reguengos, onde Alberto Janes tocava e compunha, animando as tardes e os serões.
Alberto Janes prontificou-se um dia, nos anos 50 do século passado, a levar um fado a Amália Rodrigues, no seguimento duma conversa havida em Reguengos com um amigo comum aos dois. Lá “apareceu timidamente com umas partituras debaixo do braço… disse que tinha ‘umas coisas’ que achava que eram boas para que cantasse…Quem rodeava Amália nesse dia teve uma opinião negativa acerca de Alberto Janes… que era um desconhecido, que a música dele não dava para Amália cantar, etc.… Contudo, Amália, com o seu ‘olho clínico’, a sua sensibilidade, contrariou essas opiniões e gravou o ‘Foi Deus’. Seguiram-se outros tantos trechos, o célebre ‘Vou dar de beber à dor’, o ‘É ou não é’, ‘Caldeirada’ que, tal como Amália vaticinara, seriam sucessos em qualquer parte do mundo. Efectivamente, todos esses trechos de Alberto Janes deram a Amália ‘discos de platina’
E foi a partir desta visita a casa de Amália Rodrigues (que sobre ele referiu “Janes era um bom homem, cheio de coração. Era a pessoa ideal para mudar o mundo. Era um Senhor”) que Alberto Fialho Janes saltou para a ribalta do mundo do fado: “Se há alguma coisa a descobrir em mim foi a Amália que o fez. O que sou, se sou alguma coisa, devo-o, claro, à habilidade natural que tenho e à Amália: se não fosse esta nunca chegaria a ser conhecido no aspecto artístico.”. Disse Alberto Janes numa.
Após o êxito de “Foi Deus” a que se juntaram problemas de ordem familiar e financeira, Alberto Janes muda nos anos 60 do século passado a sua residência para Oeiras, após vender a sua farmácia de Reguengos. Foi professor de Ciências na Escola Técnica do Cacém e foi, durante cerca de 10 anos, Director da Farmácia Estácio, em Lisboa.
Alimentou durante anos o sonho de ver o seu trabalho artístico vingar no teatro musicado, mas nunca chegou a alcançá-lo porque lhe foram sempre fechadas as portas. Foi autor de inúmeras composições, letra e música, muitas delas transformadas em êxitos enormes de vendas: Foi Deus, Vou dar de beber à dor (A casa da Mariquinhas), É ou não é, Caldeirada, Ao poeta perguntei, Vai de roda agora, Lá na minha aldeia, Oiça lá ó Senhor Vinho e muitas outras, cantadas por nomes distintos da canção portuguesa como Amália Rodrigues, Francisco José, Fernando Machado Soares, Hermínia Silva ou Alfredo Marceneiro.
Recentemente, Mário Moita recuperou a tradição oitocentista do fado ao piano lançando e musicando um poema inédito de Alberto Janes, “O luar é meu amigo”. Dez anos após o seu falecimento um grupo de amigos prestou-lhe homenagem colocando uma placa em mármore na casa onde nasceu e viveu, em Reguengos. A cidade de Reguengos de Monsaraz perpetuou a figura de Alberto Fialho Janes baptizando uma das suas ruas com o seu nome.

Fonte: Jornal “A Palavra”