setembro 27, 2023

FADISTAS DE SEMPRE








 

BIOGRAFIAS


Maria Amélia Marques Proença nasceu em Lisboa, no bairro de Campo de Ourique, no dia 21 de Outubro de 1938. Ainda criança ouvia muitos programas na rádio e aprendia todos os fados, em especial os de Amália Rodrigues, que depois cantarolava em casa e na rua.

Com apenas 8 anos inscreve-se no "Grande Concurso Portugal", um concurso para adultos organizado pelo jornal "Ecos de Portugal". A sua presença destaca-se e recebe a Taça Amália do concurso.

Faz a sua estreia em 1948 apresentando-se publicamente no Teatro Casablanca (Parque Mayer), propriedade do empresário José Miguel que, para conseguir tê-la a cantar naquele local público, vê-se obrigado a solicitar uma autorização especial ao Ministério do Trabalho, uma vez que Maria Amélia não tem idade para profissionalizar-se.

Maria Amélia Proença passou pelos mais variados locais de actuação desde que se estreou no teatro Casablanca, do Parque Mayer, com apenas nove anos, em 1948.

A partir desta data, 1948, apresenta-se regularmente nas casas pertencentes ao empresário José Miguel: o Solar da Alegria, O Mondego, o Café Latino e o Vera Cruz.

Maria Amélia Proença passa também a actuar em espectáculos e verbenas um pouco por todo o país, em formatos de apresentação colectiva que eram correntes naquela época. Grava também o seu primeiro disco, em formato de 78 rpm, com o jovem Jorge Barradas.

A fadista casa com 16 anos, no dia 2 de Novembro de 1954 e tem dois filhos, um dos quais, Carlos Manuel Proença, toca viola de Fado e muitas vezes a tem acompanhado na sua profissão.

Na década de 1970 faz as suas primeiras digressões ao estrangeiro, chegando a permanecer 7 meses em Macau e a fazer apresentações na Tailândia, Japão e Singapura.

Apresentou-se em espectáculos na Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, Angola e Cabo Verde. E, a nível nacional, participou nos espectáculos organizados pela Lisboa Capital Europeia da cultura, em 1994 ou pela EXPO' 98.

Paralelamente a fadista continuará a cantar em diversas casas de Fado. O último elenco fixo que integrou foi o da Taverna do Embuçado, mantendo, depois, actuações esporádicas no Luso.

Actuou ao lado de grandes nomes do fado, como Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Tristão da Silva, Fernando Farinha e Carlos do Carmo.

Mais recentemente, apesar de não artista residente em nenhuma casa de fados, faz actuações no Luso e em espectáculos diversificados.

A fadista não tem uma discografia muito vasta, constituída sobretudo por EPs e cassetes gravados nas décadas de 1960 a 1990 e apenas o LP "Fados", editado pela Riso e Ritmos em 1979.

O seu mais recente trabalho discográfico, já em formato CD, foi editado pela Ocarina em 2006 e intitula-se "Fados do meu Fado".

A carreira da fadista está muito ligada aos espaços de casa de fado, tendo passado pelos elencos das casas mais importantes, caso do Luso, do Faia, da Taverna do Embuçado ou, mais recentemente, do Senhor Vinho. Ainda assim deslocou-se por diversas vezes em digressões para actuar em países como Singapura, Malásia, Japão, Alemanha, Holanda, França, Angola e Cabo Verde.

Nos seus 60 anos de carreira, que a fadista completa em 2008, Maria Amélia Proença transformou-se da criança "revelação" numa das portadoras da tradição do Fado Castiço, representando uma geração de cantores que há muito deixaram o activo profissional.

Em 2005 Maria Amélia Proença foi distinguida com o prémio "Carreira" no concurso "Grande Noite do Fado".

Ao fim de tantos anos, ainda podemos ouvir o estilo e voz fabulosos de Maria Amélia Proença n'"A Parreirinha de Alfama", onde se apresenta quase todas as noites.

Fonte: MUSEU DO FADO

 


 

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BIOGRAFIAS


Manuel Fernandes nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel do bairro de Campo de Ourique, no dia 9 de Dezembro de 1921. Os seus primeiros estudos foram feitos na escola primária da freguesia onde nasceu, tendo depois ido viver, com os seus pais, para o bairro de Alcântara. Aí a família permaneceu apenas até aos seus sete anos, voltando novamente a estabelecer a sua residência em Campo de Ourique. Após concluir o exame do 2º grau com onze anos de idade, começou a trabalhar nas oficinas de São José onde esteve em regime de internato durante um ano, colégio que lhe ensinou o ofício de tipógrafo. Em seguida empregou-se na firma Pires & Comandita transitando, mais tarde, para a Papelaria Fernandes.

As tendências artísticas manifestaram-se logo aos cinco anos de idade, quando improvisava espectáculos "agarrado ao pau de uma vassoura", e prosseguiu cantando e assobiando, chegando a ser conhecido pelo "rei do assobio". Dava assim espectáculos entre a miudagem e também junto dos mais crescidos, o que lhe valia sempre muitos aplausos. (cf. “Álbum da Canção”, 1 de Outubro de 1964). Em 1936, quando tinha apenas 15 anos, cantava já, como amador, pelas tabernas e pelas colectividades de recreio onde habitualmente se faziam apresentações de Fado aos fins-de-semana.Sentindo-se tentado, pelos muitos elogios que recebia, a seguir uma carreira artística, procurou Filipe Pinto, no Retiro dos Marialvas. E foi nesse espaço que o empresário José Miguel, instigado pela cantadeira Maria Carmen, que achava que Manuel Fernandes tinha uma voz agradável e parecenças com Manuel dos Santos (um cantador em voga que partira para a América onde se radicara), o convidou para cantar na verbena de Santa Catarina. Com apenas 17 anos, em 1938, e um cachet de 15 escudos por noite, Manuel Fernandes iniciou a sua carreira profissional de fadista. Ainda assim, manteve por algum tempo a sua profissão de tipógrafo até lhe ser completamente impossível conciliar o trabalho de tipógrafo com as interpretações nocturnas de Fado. Posteriormente passou a cantar no Solar da Alegria e no Café Mondego, a convite do referido empresário José Miguel, tendo depois integrado os elencos do Luso e dos Marialvas, até se estabelecer por um longo período no restaurante típico Folclore. Em Abril de 1941 Manuel Fernandes é o protagonista da capa do jornal “Canção do Sul”, facto bem demonstrativo do grau que já atingia a sua popularidade no universo do Fado, numa altura em que contava com apenas 19 anos. Seis anos depois da sua estreia, em 1944, desempenhou um pequeno papel na opereta " Os Magalas" onde cantava uma desgarrada com Hermínia Silva e Carlos Ramos. Terminadas as apresentações em palco da peça regressou às actuações em casas de fado, conciliando-as com apresentações ao vivo na rádio, em especial na Emissora Nacional. Por mais duas vezes participará em produções teatrais, na opereta "Rosinha dos Limões", apresentada no Coliseu dos Recreios e na revista “Muitas e Boas”.

Manuel Fernandes casou em 1946 com Adelaide Cardoso, também ela intérprete de fado, conhecida pela “Miúda de Alfama”. O casal teve duas filhas, a quem deu os nomes de Isaura e Maria Manuel. Em homenagem ao nascimento da sua primeira filha, o fadista compôs o tema “Vassourinha”, que se tornou num dos seus maiores êxitos. Em 1953 fez a sua primeira deslocação ao estrangeiro, contratado para actuar no Brasil, país onde esteve por três meses, apresentando-se em São Paulo, na “Adega do Douro”, em programas de rádio e chegando mesmo a gravar nesse país o seu primeiro disco.No seu regresso foi convidado a ingressar no elenco de "Os Companheiros da Alegria", um grupo artístico dirigido pelo actor e locutor Igrejas Caeiro que acompanhou a volta a Portugal em bicicleta e actuava nas localidades onde finalizava a etapa. Fruto do estrondoso êxito alcançado nesses espectáculos, terminada a " Volta " o grupo continuou a actuar um pouco por todo o país. Em 1957, o fadista foi um dos artistas seleccionados para representar Portugal no Festival da Canção Latina de Génova. E, três anos mais tarde, a convite de Odir Odilon, iniciou uma tournée em África acompanhado por Cidalisa do Carmo e o pianista Tobias. No entanto, por divergências pessoais com o organizador, acabou por interromper prematuramente a digressão. Em 4 de Maio de 1962 comemorou as Bodas de Prata numa grandiosa festa realizada no Coliseu dos Recreios.

Manuel Fernandes teve uma carreira profissional muito activa e diversificada em actuações em casas de fado, em apresentações na rádio e, após a inauguração da RTP, em televisão. Realizou digressões às Ilhas portuguesas, a Angola, Moçambique, França, Brasil, Inglaterra, África do Sul, Estados Unidos e Canadá. A meio da década de 1980 o fadista afastou-se dos palcos e abandonou a carreira artística, afirmando preferir que as pessoas tivessem saudades suas, em vez de o continuarem a ouvir sem o brilhantismo de outrora (cf. “DN Magazine”, 16 de abril de 1989).

Manuel Fernandes faleceu a 20 de Maio de 1994, deixando a sua marca numa discografia que ultrapassa os 70 discos, tendo mesmo gravado dois LPs em parceria com as fadistas Maria Marques e Maria do Espírito Santo, para uma editora americana.

Fonte:MUSEU DO FADO

“Canção do Sul”, 1 de Abril de 1941;

“Guitarra de Portugal”, 1 de Dezembro de 1945;

“Ecos de Portugal”, 1 de Janeiro de 1948;

“Àlbum da Canção”, 1 de Outubro de 1964;

“DN Magazine”, 16 de Abril de 1989.

 


 

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