dezembro 04, 2012

MENSAGEM


Votos de um Natal com muita saúde e alegria para todos os Fadistas, Autores, Tocadores e "Gente do Fado" em geral.

VOZES DAS MINHAS PALAVRAS







FADISTAS DO NORTE DE A a Z



Continua:

novembro 07, 2012

UM CD

HOMENAGEM À VOZ



Artur Ribeiro.


Artur Ribeiro nasceu na cidade do Porto em 1924, mudou-se com a sua família para Lisboa em 1940. Estreou-se profissionalmente ao lado de Amália em 1944, num espectáculo da Esplanada da Voz do Operário, tendo gravado os seus primeiros discos em 1953. Como compositor, escreveu vários êxitos da música ligeira portuguesa, como Rosinha dos Limões, Maria da Graça, Adeus Mouraria, Pauliteiros do Douro, Nem às Paredes Confesso e A Fonte das Sete Bicas, tendo ganho o seu primeiro prémio como compositor com Canção da Beira em 1949. Em 1965, Artur Ribeiro contabilizava já 300 canções e 700 letras de sua autoria, feitas para si e para outros como: Max ou Tritão da Silva. Artur Ribeiro passou também pela televisão a partir de 1957, e em 1963 escreveu juntamente com Fernando Farinha a música do filme “O Miúdo da Bica”, onde participou igualmente como actor.

HOMENAGEM AO FADO


Alcindo de Carvalho

Alcindo Simões de Carvalho nasceu em 1932 na cidade de Lisboa. Viveu num ambiente fadista no coração do Bairro Alto. Na família o fado marcava constantemente presença. Um dos seus irmãos tocava viola e outro cantava. Assim a sua vocação foi descoberta com toda a naturalidade ainda na infância. Tinha 15 anos quando o guitarrista Francisco Carvalhinho descobriu o seu talento e o apresentou a Márcia Condessa que o contratou para a sua casa de fados, na Praça da Alegria. Três anos depois passou para O Faia, de Lucília do Carmo, integrando o elenco durante 16 anos. Depois passou por várias casas, como Adega Mesquita, Pico do Areeiro, Luso, Taverna d'El Rei, Embuçado e Clube do Fado. Mas onde mais se destacou foi na Parreirinha de Alfama, casa de Argentina Santos, onde actuou durante 21 anos.
Participou em diversos espectáculos como: Cabaret, de Filipe La Féria; Fados, de Ricardo Pais (ao lado de Carlos Zel, José Pedro Gomes, Luís de Matos, entre outros); e Cabelo Branco é Saudade, também de Ricardo Pais (ao lado de Argentina Santos, Celeste Rodrigues e Ricardo Ribeiro). Actuou em diversos palcos, de que se destacam um festival em Marselha e um concerto em Londres. Deixou uma discografia considerável com alguns dos seus sucessos. O seu reportório inclui temas como "Saber quem somos", "Baile dos Quintalinhos", "Cruz de Pedra", "Fado de ser Fadista", "A Rua do Desencanto", "Saudades não as Quero" ou "Braços Erguidos".

 

MANUEL DE ALMEIDA


Manuel Ferreira de Almeida, Considerado por muitos, um dos últimos grandes fadistas castiços, nasceu em Lisboa em 1922. Teve como actividade principal a profissão de fabricante e desenhador de calçado feminino. Aos 10 anos começou a sentir gosto pelo fado e a frequentar os retiros fadistas. Aos 28 anos, tornar-se profissional e o seu primeiro contrato é na Tipóia, sob a direcção de Adelina Ramos, onde permaneceu cerca de doze anos. Cantou ainda no Estribo, Retiro do Malhão, Faia, e no Olímpia Clube.
Em 1963 e 1964 recebe o prémio Imprensa e o Óscar da Imprensa atribuído pela Casa da Imprensa. Fernanda Maria convidou-o para a Lisboa à Noite, onde esteve contratado onze anos. Em 1979 Rodrigo inaugurou a sua casa o Forte Dom Rodrigo e convidou Manuel de Almeida, que ali se manteve até que a morte o silenciou. Em 1986 é o primeiro português a cantar na Coreia do Norte. Algumas das suas interpretações ainda hoje são lembradas, salientando-se de entre elas “Fado Antigo” e “Mãos Cheias de Amor”. Gravou mais de uma dezena de LP e cerca de vinte e cinco singles, Em Barcelona grava o seu primeiro LP em parceria com Mariana Silva, mas o mais significativo da sua carreira foi a edição, em 1987, de “Eu Fadista Me Confesso”, produzido por Rão Kyao, o disco foi considerado pioneiro no enlace entre a tradição e a modernidade. È autor de vários poemas que interpretou, Não Vale a Pena Meu Bem, Por te Querer Tanto, Tempos que já lá vão, Longe de Ti, É a saudade, etc., Em Fevereiro de 1994 festejou as bodas de ouro e foi homenageado no Teatro São Luiz. Em 1996 a Casa da Imprensa concede-lhe a título póstumo o Troféu Prémio Carreira. Cascais, dá o seu nome a duas ruas da cidade.

GALERIA DA SAUDADE



ANDA UM FADO POR AÍ

outubro 10, 2012

UM CD

HOMENAGEM À VOZ



FRANCISCO MARTINHO

Francisco Martinho, dono de uma voz fabulosa que além de melodiosa, tinha nos seus “pianinhos” um estilo muito próprio de interpretar o fado. Gravou juntamente com Fernando Maurício, de quem era muito amigo, inúmeros fados em dueto. São conhecidos muitos fados seus, que ainda hoje nos deliciam com seu timbre, dicção e forma de os cantar.


Deixou-nos muito cedo e é pena que pouco ou nada se saiba da sua biografia.

HOMENAGEM AO FADO

 LUCILIA DO CARMO


Lucília Nunes Ascensão do Carmo nasceu em Portalegre em 1920. Aos cinco anos, vem com a sua família para Lisboa. A sua estreia como fadista aconteceu no Retiro da Severa, em 1936, quando apenas contava 17 anos, a sua presença em palco e voz captaram as atenções do público e o reconhecimento veio rapidamente.

Casada com Alfredo de Almeida, em 1939, nasce o seu filho Carlos do Carmo que, influenciado pela sua mãe, mais tarde se tornaria num grande fadista, com uma bem sucedida carreira nacional e internacional.

Em 1947, abriu a sua própria casa de fados, chamada Adega da Lucília, que mais tarde mudou o nome para O Faia. Retirou-se durante cinco anos e partiu para o Brasil. Após o seu retorno realizou algumas digressões no estrangeiro.

Entre os seus êxitos contam-se Leio em teus olhos, Foi na Travessa da Palha, Maria Madalena, Não gosto de ti, Preciso de te ver, Senhora da Saúde, Olhos garotos, Antigamente, Tia Dolores, Loucura, Zé Maria, Lá vai a Rosa Maria.

Na década de 1980, retirou-se da vida artística. Indubitavelmente, uma dama do fado corrido, tida como uma das melhores vozes do fado.



CARLOS RAMOS


Carlos Augusto da Silva Ramos nasceu em Lisboa em 1907.

Tornou-se num dos fadistas mais queridos do público português, graças à sua voz quente e à sua postura modesta e contudo, apesar da sua apetência pelo fado vir de criança, só tardiamente Carlos Ramos o abraçou como carreira a tempo inteiro.

De facto, foi como guitarrista acompanhante que iniciou a carreira, estudou para médico, mas a morte do pai, obrigou-o a trabalhar para sustentar a família, continuava, contudo, a tocar e cantar nas horas vagas, primeiro apenas como acompanhante (nomeadamente de Ercília Costa numa digressão americana) depois também como fadista em nome próprio, acompanhando-se a si próprio à guitarra, acabando, a conselho de Filipe Pinto, por se profissionalizar como cantor em 1944. Estreou-se então no Café Luso, no Bairro Alto, criando Senhora do Monte o seu primeiro grande êxito. Ao longo da sua carreira, viria a especializar-se no fad-canção, género inicialmente pensado para os palcos de revista, e no qual conseguiria alguns dos seus maiores êxitos: Não Venhas Tarde e Canto o Fado. Frequentador regular das casas típicas de Lisboa durante as décadas de quarenta e cinquenta, fez também uma breve carreira internacional, participou em revistas e filmes e tornar-se-ia em 1952 artista exclusivo da casa de fado Tipóia, ao lado de Adelina Ramos, de onde sairia para, em 1959, abrir a sua própria casa, A Toca, experiência cujo sucesso não correspondeu às expectativas. Uma trombose ocorrida em meados da década de sessenta viria terminar abruptamente a sua carreira artística. Carlos Ramos morreria alguns anos mais tarde, em 1969.

GALERIA DA SAUDADE



ANDA UM FADO POR AÍ

setembro 13, 2012

UM CD

HOMENAGEM À VOZ



AMÁLIA RODRIGUES

Amália da Piedade Rodrigues nasceu em Lisboa em 1920. Considerada o exemplo máximo do fado, aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses mais ilustres.
Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na nossa cultura, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, brasileira). Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos.

HOMENAGEM AO FADO


MANUEL DOMINGOS

Manuel Domingos começou a cantar nos anos 60 no Galito. Actuou em várias casas da linha do Estoril, designadamente Cartola, Estribo que foi mais tarde o Forte D. Rodrigo, entre outras. Tinha especial cuidado nas letras que escolhia para cantar. "Há que respeitar os poetas", afirmava o fadista que sublinhava: "o fado são as palavras, e os sentimentos que delas advêm". "As letras têm de me dizer qualquer coisa para que sinta capacidade em as transmitir aos outros". Cultivava o espírito de tertúlia, um dos factores que mais o cativava no fado, onde conheceu "as melhores pessoas". Animava-o o espírito de solidariedade, de amizade e partilha. Manuel Domingos trabalhou sempre na área das artes gráficas. "Por volta de 1971" gravou um LP ao vivo no Arreda, em Cascais.



 

ALBERTO JANES

Licenciou-se em Farmácia na Faculdade de Farmácia do Porto, em 1934.

Já nessa altura era notada a sua aptidão inata para o espectáculo musicado ao ser autor de diversas récitas. Após o curso estabeleceu-se em Reguengos como proprietário de uma farmácia que já era do pai.

Alberto Janes ficou e é conhecido mundialmente pelos poemas e músicas de que foi autor. Alberto Janes prontificou-se um dia, nos anos 50 do século passado, a levar um fado a Amália Rodrigues, no seguimento duma conversa havida em Reguengos com um amigo comum aos dois. Lá “apareceu timidamente com umas partituras debaixo do braço… disse que tinha ‘umas coisas’ que achava que eram boas para que cantasse…

Quem rodeava Amália nesse dia teve uma opinião negativa acerca de Alberto Janes… que era um desconhecido, que a música dele não dava para Amália cantar, etc… Contudo, Amália, com o seu ‘olho clínico’, a sua sensibilidade, contrariou essas opiniões e gravou o ‘Foi Deus’. Seguiram-se outros tantos trechos, o célebre ‘Vou dar de beber à dor’, que, tal como Amália vaticinara, seriam sucessos em qualquer parte do mundo. Após o êxito de “Foi Deus” a que se juntaram problemas de ordem familiar e financeira, Alberto Janes muda nos anos 60 do século passado a sua residência para Oeiras, após vender a sua farmácia de Reguengos. Foi professor de Ciências na Escola Técnica do Cacém e foi, durante cerca de 10 anos, Director da Farmácia Estácio, em Lisboa. A cidade de Reguengos de Monsaraz perpetuou a figura de Alberto Fialho Janes baptizando uma das suas ruas com o seu nome.

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ANDA UM FADO POR AÍ

agosto 15, 2012

UM CD

HOMENAGEM À VOZ




MARIA JOSÉ DA GUIA 1929 – 1992

Maria José da Guia nasceu em Angola em 1929.

Estreou-se a cantar já na metrópole aos 15 anos, numa verbena de Lisboa, teve enorme sucesso e não deixou de ser notada pelos empresários, passa então a ser solicitada para actuar em espectáculos.

Fez carreira nas casas de fado, chegando a estar anos seguidos, no Restaurante Típico A Severa. Em 1953 é atracção na revista “Saias Curtas” em que canta o fado «Fui ao Baile», que se popularizou na voz de Fernanda Batista. Foi em terras de Espanha, onde vivia com o filho, que esta linda voz de estilo muito próprio e bem castiço nos deixou.

HOMENAGEM AO FADO


JULIO PROENÇA

Júlio Proença nasceu em Lisboa, Começou a cantar como amador em 1917. Em 1927, ainda como amador, faz uma digressão pelo país ao lado de nomes bem conhecidos. Em 1929, tornou-se profissional, ano em que no Coliseu participou na opereta Mouraria. Actuou também noutras casas de espectáculo como: Éden Teatro, S. Luís, Capitólio e Variedades, nos clubes Monumental, Ritz, Olímpia e Maxim's, no Retiro da Severa, no Solar da Alegria (que reabriu em 1931, sob a sua direcção e a de Deonilde Gouveia) e nos Cafés Ginásio, Mondego e Luso.

Com um estilo muito próprio e uma excelente dicção, Júlio Proença cantou versos de poetas consagrados, distinguiu-se ainda como autor de música de fados, entre eles o Fado Proença, Fado Camélias e Fado Moral.

Em 1946 foi homenageado numa festa realizada no Parque Mayer.

Faleceu em Moçambique no ano de 1970.


GABRIEL DE OLIVEIRA (Marujo)


Gabriel de Oliveira nasceu em 1891 em Lisboa. A alcunha de marujo sur¬ge por ter sido marinheiro da Armada Portuguesa durante a 1ª Guerra

Manteve uma longa ligação com a cantadeira Natália dos Anjos, das suas composições contam-se algumas das mais clássicas letras do repertório fa¬dista como é o caso de Igreja de Santo Estêvão, pa¬ra ser cantado por Joaquim Campos (com o qual frequentemente trabalhou) na famosa composi¬ção deste Fado Vitória, e Café das Camareiras, com letra e criação de Alfredo Marceneiro a quem tam¬bém se deve a música para Senhora do Monte, que após ter sido um sucesso na voz de Marceneiro, o foi igualmente na interpretação de Carlos Ramos. Ainda para música de Marceneiro (a Marcha do Alfredo), escreveu Há Festa na Mouraria, criado por este, e que teve grande êxi¬to também cantado por Amália, gerador de outros temas como «a Rosa do Capelão», «a procissão da Senhora da Saú¬de», entre outros.

Inspirando-se pelo gosto do rei D. Carlos pelo Fado, escreveu a letra do Fado, O Embuçado, ori¬ginalmente criado por Natália dos Anjos, a músi¬ca foi composta pelo guitarrista José Marques Pis¬calarete, que lhe deu o título de Fado Natália que, como tema musical, entraria igualmente no reper¬tório fadista com outras letras. Os restos mortais de Gabriel de Oliveira re¬pousam na Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, em Lisboa. Mor¬reu na Figueira da Foz em 1953.

Fonte: Blog, Lisboa no Guiness

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ANDA UM FADO POR AÍ

julho 19, 2012

UM CD

HOMENAGEM Á VOZ




NATALINO DUARTE


Natalino DuarteTeodósio, nasceu em Lisboa em 1935. Começou desde muito jovem a cantar em festas nas colectividades. Foi o grande vencedor do concurso "Primavera do Fado", em 1957, ano em que se estreou com profissional no Café Luso. Actuou na Emissora Nacional e colaborou na RTP.

Actuou no estrangeiro, Canadá e Estados Unidos.

Natalino Duarte gravou cerca de 10 EP´s, tendo ao longo da sua carreira cerca de 20 Fados da sua criação. Não passou por muitos recintos típicos, apenas: "Pico do Areeiro"; "Parreirinha de Alfama" e “Timpanas".

Nos anos setenta foi convidado para gerente artistico do "Páteo Alfacinha", onde teve mais visibilidade, pelas suas actuações que eram muitas vezes gravadas pela RTP, que ali frequentemente gravava programas de Fado.

Natalino Duarte manteve-se no "Páteo Alfacinha" até à sua reforma.

HOMENAGEM AO FADO


JOSÉ FONTES ROCHA


José Fontes Rocha, nasceu no Porto na freguesia de Ramalde em 1926.

Seu avô paterno foi regente de uma banda popular, e foi com ele que aprendeu música e a tocar violino, mas o pai, que tocava guitarra, foi quem mais o influenciou, a tocar o instrumento que veio a ser a sua grande vocação.

Aos 20 anos começou a tocar como amador entre amigos e em festas particulares e, dez anos depois, foi para Lisboa, começou por adoptar o estilo de José Nunes (também do Porto), que acabou por marcar profundamente a sua própria interpretação.

Em Lisboa actuou durante algum tempo no restaurante típico Patrício e quando este encerrou, em 1956, foi trabalhar na sua profissão de elec¬tricista para os CTT. Actuou no Pampilho, acabando por, abandonar definitivamente a profissão, dedic¬a-se em exclusivo à guitarra. Foi contratado para a Adega Mesquita, donde transitou para a Taverna do Embuçado e depois para o Senhor Vinho, onde actuou vários anos.

Fez parte do conjunto de guitarras de Raul Nery (então também integrado por Júlio Gomes e Joel Pina), com o qual se deslocou ao estrangeiro para acompanhar Maria Teresa de Noronha em vários espectáculos; e com Amália Rodrigues, que acompanhou durante doze anos, em diversos países.

De todos os espectáculos em que parti¬cipou, realça-se: o Olympia de Paris em 1968, Outro espectáculo memo¬rável em que Fontes Rocha participou, foi nas Halles, também em Paris, cuja exibição, se saldou em mais um sucesso para Amália Rodrigues. Também no Lincoln Center de Nova Iorque, na temporada de 1969-1970, fazendo parte do mesmo conjunto de guitarras. É também autor das músicas de vários fados, tais como Quentes e Boas; Fado Isabel; Anda o Sol na Minha; Lavava no Rio Lavava e Trago o Fado nos Sentidos.



José Manuel Osório


Fadista, investigador e actor, nasceu em 1947, na República do Zaire. Foi um dos mais notáveis investigadores na área do fado. Quando veio para Lisboa, aos 11 anos, que descobriu a grande beleza do fado, nas vozes de Amália Rodrigues. Aos 16 anos, ganhou pela primeira vez a Grande Noite do Fado. Dois anos depois, repetiu a proeza.

José Manuel Osório cantou fados de intervenção desde os primeiros discos. Estreou-se em 1965 com um duplo EP, que foi imediatamente proibido. Dois anos depois, um novo disco, que recebeu o Prémio Imprensa, para o melhor disco do ano que foi novamente proibido. Em 1969, o terceiro disco teve destino semelhante. Era actor na Companhia de Teatro Estúdio de Lisboa, representavam peças proibidas que o fez fugir constantemente das rusgas da polícia até que, um dia, José Manuel Osório foi apanhado e preso. Emigrou, refugiando-se em Paris, tendo vivido o "Maio de 68", e privado com José Mário Branco. Regressou a Lisboa, nos anos 70, com a "primavera Marcelista". Gravou um novo disco, em que cantava poemas de esquerda, mas que foi também proibido. Pelo caminho cursou Direito e estudou piano no Conservatório, sem nunca ter chegado ao fim. Dedicou-se à investigação. E é nessa área que se distinguiu após o 25 de Abril. Recebeu o prémio de Investigação Neves de Sousa, em 2005, atribuído pela Casa da Imprensa. Participou em vários estudos, destacando-se a série "Um Século de Fado" (Ediclube) e a catalogação dos fados tradicionais publicada em formato livro/disco, editada pela revista Visão, em 2005.

Em 1984, foi-lhe diagnosticada uma infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. Desde aí debateu-se com essa fatídica doença, sendo apontado como um grande exemplo de resistência e de coragem. Apesar disso, nunca abandonou o fado. Faleceu com 64 anos em Agosto de 2011.

GALERIA DA SAUDADE




ANDA UM FADO POR AÍ

julho 14, 2012

O FADO NO PORTO


SELO DAS MEMÓRIAS



O Núcleo de Fado SELO DAS MEMÓRIAS, fundado por um grupo de fadistas e amigos do fado em 20 de Novembro de 2011, já dispõe de um espaço para a sua Sede Social na Rua de Faria Guimarães, 718 – 2º no Porto.

Parabéns a toda a Direcção por esta iniciativa e votos de muitos eventos fadistas que dignifiquem o Fado nesta cidade.

julho 02, 2012

RUSGAS DO PORTO

 "Mais uma noite de Rusgas, mornas e sem luz, não fora as montras ou reclamos luminosos da cidade, a luz e a cor não existiam. Começa pela Câmara em não aproveitar como um Grande Cartaz para a cidade as "FESTAS DA CIDADE", então o S. João não é uma festa única no mundo? Porque não aproveitar esse património em proveito da cidade (com a crise...) para chamar gente ao Porto? Porque não iluminar (pelo menos) as artérias por onde desfilam as Rusgas. Claro que as Marchas em Lisboa pela sua temática, têm a facilidade de todos os anos serem diferentes e despertar a curiosidade própria de ver (como vai o nosso bairro este ano?). Depois são televisionadas pela RTP (paga por todos os portugueses) em directo, assim como os casamentos de Santo António (cá já houve os de S. João), enfim... A RTP oferece dois dias de festa em Lisboa (sempre lá). Confesso que já ganhei 7 anos com a letra da Rusga da Sé, e depois? que tem isso de especial, acaso o Júri lê as letras ou as classifica? Nem quem as apresenta em palco, diz os nomes dos autores da Letra ou da Música, trata-se de um trabalho "menor", sem importância... Desde os anos 60 que não há uma Marcha do S. João nova, ainda se podem ouvir as da Florência, Natércia, Rosita ou do Aurélio Perry. Em Lisboa todos os anos há  a Grande Marcha de Lisboa. O desfile cá no Porto podia abrir com uma marcha da cidade, onde houvesse cor e muita luz. Olhem o caso deste ano, como "Manobras no Porto" abriu o desfile (sem concorrer) com uma enorme animação e a muita imaginação com o "Siga a Rusga". Enfim, esperemos que alguém lá do gabinete da cultura se “ilumine”.

junho 22, 2012

UM CD

HOMENAGEM Á VOZ



EMÍLIA ROSA


Emília Rosa Freitas, foi uma fadista e letrista de reconhecido valor na cidade do Porto. Emília Rosa cantou em muitas casas onde o fado acontecia e contava com um basto reportório nas suas apresentações, quer no país quer no estrangeiro onde cantou para os emigrantes. Desse extenso reportório, fazem parte muitos temas de sua autoria como: “Sou tripeira”, “Alma do fado”, “Vivo perdida”, “Não fui menina”, “Dois amores”, “Recordações”, “Um Fado de sonho” e tantos outros. Da sua passagem pelo programa “Fado vadio” da Rádio Festival em 1998, escolhi o tema: “Vai lá falar”.