maio 26, 2012

UM CD

HOMENAGEM Á VOZ



NICOLAU ROCHA




Nicolau Rocha nasceu em Paranhos no Porto. Desde cedo começou a cantar fado, sempre como amador e conciliando a sua vida profissional, aparecendo aos fins-de-semana nas casas de fado vadio. Por todo o lado onde passava, deixava amizades pelo seu modo simpático de ser sempre prestável, capaz de ajudar na cozinha ou servir ás mesas se o movimento crescia. Tinha o dão da militância e a par de ajudar o próximo ia cantando os seu fados. Apenas gravou a K7 “Cantarei até morrer” em 1994, de onde escolhi o tema que aqui se pode ouvir: “Fogueira do tempo”.



HOMENAGEM AO FADO


TONY DE MATOS




António Maria de Matos nasceu no Porto em 1924. Em 1938, quando a companhia de teatro itinerante onde trabalhavam como actores, sua mãe e seu padrasto, se encontrava em Santa Comba Dão, o jovem Tony com14 anos deliciou a assistência com a sua voz, cantando canção de Coimbra. Em 1945, consegue entrar como cantor para a Emissora Nacional mas que abandona rapidamente. Três anos mais tarde, pela mãe de Júlio Peres, canta no Café Luso, em Lisboa, onde permanecerá durante dois anos. Em 1950, grava em Madrid o seu primeiro disco. "Cartas de Amor" que se torna um grande êxito. Em 1952 estreia-se no teatro de revista. Em 1953 actua pela primeira vez no Brasil. A partir de 1957 fica no Brasil e com Maria Sidónio abre o restaurante típico "O Fado". Em 1962 grava no Brasil um EP com as canções "Só Nós Dois", "Procuro e Não Te Encontro", "Vendaval" e "Lado a Lado", que se torna um grande sucesso. No ano seguinte decide regressar a Portugal. Em 1964 faz a sua estreia no cinema no filme "A Canção da Saudade". Participa no filme "Rapazes de Táxis", de 1965. Em 1969 recebe o Prémio da Imprensa, na categoria de Fado. Participa ainda no filme "Bonança & Companhia" de 1969. Em 1970 participa ainda no filme “O Destino marca a hora”. Em 1972 estreia em Moçambique o filme "Derrapagem" onde participa como actor e produtor.

Faz uma digressão pelos Estados Unidos em 1974. No ano seguinte fixa aí residência ficando por lá durante 8 anos. Funda depois em Lisboa, com Carlos Zel e Filipe Duarte o restaurante "Fado Menor". Em Junho de 1985 é convidado de Vitorino no seu espectáculo do Coliseu. Tony de Matos grava depois o álbum "Romântico". Em Novembro de 1985 dá um concerto em nome próprio no Coliseu. No ano de 1988 é editado o álbum "Cantor Latino".





ELIANA CASTRO




Eliana Castro nasceu em 1978 em Vila Conde. O seu gosto pelas canções surgiu aos quatro anos, no coro infantil do Círculo Católico de Operários (CCO), A infância e a juventude da fadista ficaram ainda marcadas por algumas representações de teatro, em peças que seu avô, mas era na música que mais se realizava. Aos 20 anos, integrou o elenco de "Uma Lança em França", de José Coutinhas. O avô era o encenador e todos os netos fizeram parte do elenco. O espectáculo terminou com variedades e foi aqui que se revelou no fado. A voz de Eliana Castro começou a encantar as pessoas e os convites começaram a surgir. Em casas de fado, em festas de associações e empresas, no Forte de S. João ou no Casino da Póvoa, em França e no Canadá, a convite de emigrantes. A passagem pelas rádios, jornais e televisão foi uma constante, principalmente na Foz do Ave e no programa Praça da Alegria, da RTP. Em 2004, ficou em segundo lugar na Grande Noite do Fado de Lisboa. Apesar do reconhecido talento, foi difícil encontrar uma parceria para gravar um CD. Pela mão do CCO, a cantora gravou o CD "A vida é só um fado". O lançamento decorreu num ambiente de grande festa, na sala principal dessa colectividade centenária. Aos microfones da Foz do Ave disse:

"Gravar um CD é o concretizar de um sonho de há muitos anos. Espero que seja uma porta aberta a uma vida que pretendo dedicar ao fado". Eliana Castro desde cedo aprendeu a conviver com a música. O fado era a sua paixão.

GALERIA DA SAUDADE



ANDA UM FADO POR AÍ

maio 13, 2012

JÁ É SAUDADE...


JOSÉ LOPES DE ALMEIDA


Jornalista, escritor, autor, encenador e actor de teatro com milhares de actuações no Porto, Lisboa e por todo o País, sem esquecer dezenas de digressões pela Europa, África e América. Português do Porto (Fundador da Casa de Fado “Mal Cozinhado”) e cidadão do Mundo, José Lopes de Almeida respirou Teatro durante muitos anos. A ele se deveu a existência da Companhia do Teatro Sá da Bandeira. Escreveu muitas peças de Teatro, entre Revistas, Comédias. Hotel Sarilhos foi a sua primeira obra editada em livro. Distinguido em 21 de Maio (dia do Autor) de 2009 com a Medalha de Honra da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), faleceu ontem, dia 12 de Maio.

A CIDADE DO PORTO FICOU MAIS POBRE