agosto 15, 2012

UM CD

HOMENAGEM À VOZ




MARIA JOSÉ DA GUIA 1929 – 1992

Maria José da Guia nasceu em Angola em 1929.

Estreou-se a cantar já na metrópole aos 15 anos, numa verbena de Lisboa, teve enorme sucesso e não deixou de ser notada pelos empresários, passa então a ser solicitada para actuar em espectáculos.

Fez carreira nas casas de fado, chegando a estar anos seguidos, no Restaurante Típico A Severa. Em 1953 é atracção na revista “Saias Curtas” em que canta o fado «Fui ao Baile», que se popularizou na voz de Fernanda Batista. Foi em terras de Espanha, onde vivia com o filho, que esta linda voz de estilo muito próprio e bem castiço nos deixou.

HOMENAGEM AO FADO


JULIO PROENÇA

Júlio Proença nasceu em Lisboa, Começou a cantar como amador em 1917. Em 1927, ainda como amador, faz uma digressão pelo país ao lado de nomes bem conhecidos. Em 1929, tornou-se profissional, ano em que no Coliseu participou na opereta Mouraria. Actuou também noutras casas de espectáculo como: Éden Teatro, S. Luís, Capitólio e Variedades, nos clubes Monumental, Ritz, Olímpia e Maxim's, no Retiro da Severa, no Solar da Alegria (que reabriu em 1931, sob a sua direcção e a de Deonilde Gouveia) e nos Cafés Ginásio, Mondego e Luso.

Com um estilo muito próprio e uma excelente dicção, Júlio Proença cantou versos de poetas consagrados, distinguiu-se ainda como autor de música de fados, entre eles o Fado Proença, Fado Camélias e Fado Moral.

Em 1946 foi homenageado numa festa realizada no Parque Mayer.

Faleceu em Moçambique no ano de 1970.


GABRIEL DE OLIVEIRA (Marujo)


Gabriel de Oliveira nasceu em 1891 em Lisboa. A alcunha de marujo sur¬ge por ter sido marinheiro da Armada Portuguesa durante a 1ª Guerra

Manteve uma longa ligação com a cantadeira Natália dos Anjos, das suas composições contam-se algumas das mais clássicas letras do repertório fa¬dista como é o caso de Igreja de Santo Estêvão, pa¬ra ser cantado por Joaquim Campos (com o qual frequentemente trabalhou) na famosa composi¬ção deste Fado Vitória, e Café das Camareiras, com letra e criação de Alfredo Marceneiro a quem tam¬bém se deve a música para Senhora do Monte, que após ter sido um sucesso na voz de Marceneiro, o foi igualmente na interpretação de Carlos Ramos. Ainda para música de Marceneiro (a Marcha do Alfredo), escreveu Há Festa na Mouraria, criado por este, e que teve grande êxi¬to também cantado por Amália, gerador de outros temas como «a Rosa do Capelão», «a procissão da Senhora da Saú¬de», entre outros.

Inspirando-se pelo gosto do rei D. Carlos pelo Fado, escreveu a letra do Fado, O Embuçado, ori¬ginalmente criado por Natália dos Anjos, a músi¬ca foi composta pelo guitarrista José Marques Pis¬calarete, que lhe deu o título de Fado Natália que, como tema musical, entraria igualmente no reper¬tório fadista com outras letras. Os restos mortais de Gabriel de Oliveira re¬pousam na Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, em Lisboa. Mor¬reu na Figueira da Foz em 1953.

Fonte: Blog, Lisboa no Guiness

GALERIA DA SAUDADE





ANDA UM FADO POR AÍ