agosto 30, 2023

ADISTAS DE SEMPRE








 

BIOGRAFIAS


Nascida em plena Alfama, Carolina sente o impulso de cantar, incentivada pelas colegas e amigas. Depois de abandonar os estudos comerciais, na Escola Patrício Prazeres, Lina Maria Alves estreia-se na "Urca" na Feira Popular de Lisboa, propriedade de Zé Miguel.Foi o primeiro passo num percurso que a levou a outros espaços de Fado: "Meia-Noite", "Nova Sintra", a convite de Tristão da Silva cantou no "Patrício" e por fim integra o elenco da "Parreirinha de Alfama", local emblemático, de onde guarda as melhores recordações: "...não é por eu lá estar mas é realmente uma casa muito boa...". Esporadicamente Lina Maria era convidada a actuar no "Forcado", na "Taverna D´El Rei", na "Taverna do Embuçado" e "Nau Catrineta". A fadista recorda-nos o ambiente vivido nestes espaços e os nomes com que se cruzou: Berta Cardoso, Celeste Rodrigues, Beatriz da Conceição, Mariana Silva, e Tristão da Silva, são algumas das referências.

O seu vasto repertório está editado na forma de 8 discos de 45 rpm, 2 LP´s, 2 cassetes e um CD. Linhares Barbosa, Frederico de Brito, António José e Alberto Rodrigues são alguns dos principais poetas das letras que Lina Maria interpreta. Do seu repertório destacamos os temas: "Já te esqueci", "Cigano", "Se não me queres", entre outros sucessos.

Manteve-se sempre na sua cidade natal, onde diz estarem as melhores casas e melhores vozes: "O Fado para mim é uma coisa muito bonita, sinto-o quando alguém está a cantar (...) Argentina, Fernanda Maria, Maria da Fé, Tina, pessoas que cantam bem e saí de lá de dentro mesmo”, confessa-nos.

A sua voz "despede-se" para sempre, no dia 05 de Novembro de 2007, deixado mais pobre a esfera fadista, nomeadamente o elenco da "Parreirinha de Alfama".

 

Fonte: MUSEU DO FADO

Museu do Fado - Entrevista realizada em 11 de Setembro de 2006.

 

 


 

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BIOGRAFIAS


Lenita Gentil nasceu na Marinha Grande cidade onde viveu até aos seus 14 anos, altura em que se muda para o Porto, por motivos familiares. È neste período que o maestro Resende Dias, amigo do pai de Lenita, a ouve cantar, elogia a sua afinação vocal e incentiva-a a cantar. Inscreve-a nos Serões para Trabalhadores, transmitidos pelos Emissores do Norte Reunidos, e aos 17 anos dá-se a sua estreia no Palácio de Cristal. Após esta estreia surgem os primeiros convites para a televisão, destacando-se a sua estreia televisiva no programa "Riso e Ritmo" (1964), de Francisco Nicholson e Armando Cortês, e "a partir daí foi um nunca mais parar, com programas de televisão, discos, festivais da canção, tanto cá como fora”, afirmou a cantora. Lenita Gentil participa no Festival da Canção da Figueira da Foz (1967), e vence o Festival da Canção da Costa Verde, em Espinho (1968). Nesse mesmo ano recebe o Prémio de Música Ligeira, categoria Cançonetista, atribuído pela Casa da Imprensa. Participa também nos anos 1971 e 1989 no Festival da Canção da RTP. Em 1966 e 1968 Lenita vence o Festival de Aranda del Duero (Espanha) e representa Portugal noutros festivais internacionais realizados no México, Polónia, Roménia, e nas Olimpíadas da Canção, realizadas na Grécia, onde recebe o prémio da crítica, experiências que Lenita considera como muito estimulantes para o seu percurso artístico. Paralelamente, teve duas significativas participações noutros domínios, uma no cinema, no filme "Os toiros de Mary Foster" (1972), realizado por Henrique Campos, e outra no teatro de revista "Em águas de bacalhau" (1977).

A versatilidade de Lenita é uma das características que marcam a sua carreira e que passa não só pelo Fado, como também pela música ligeira e marchas populares, "fui das primeiras cantoras de música ligeira a dedicar-me ao Fado, com o primeiro LP em vinil, gravado há mais de 28 anos, sendo a primeira cantora de música ligeira a cantar e a gravar Fado". Apaixonada pelo som fascinante da guitarra portuguesa, a par da admiração por Amália Rodrigues, Lenita Gentil rende-se ao Fado e a convite de Simone de Oliveira actua no restaurante gerido pela cantora, e onde Lenita partilha o elenco com nomes como Vasco Rafael e Artur Garcia. Pouco tempo depois, e apesar de não se identificar com o ambiente das casas típicas de Fado, aceita o convite para actuar durante um mês no elenco do "Fado Menor", propriedade de Tony de Matos. Naturalmente, Lenita acabou por ficar mais tempo do que o previsto e graças a uma ascendente projecção, é convidada para actuar no restaurante típico "O Faia", onde ainda hoje se mantêm. Para a fadista esta passagem pelas casas de Fado são "uma experiência muito enriquecedora de Fado, aprendi muito, é uma grande escola, deu-me uma experiência de vida e artística...".

Lenita Gentil percorreu praticamente toda a Europa inclusivé alguns países do Leste. Viajou também à Austrália, Macau, Hong Kong, África do Sul, México, Estados Unidos da América e Canadá.

O seu enorme profissionalismo e entrega reflectem-se na selecção de repertório, onde se destacam os poemas de Artur Ribeiro, Maria de Lurdes de Carvalho, Vasco de Lima Couto e Frederico de Brito, entre outros. Manifestando o seu apreço, Lenita é também uma das poucas vozes femininas na interpretação do Fado de Coimbra que considera: "muito rico, com melodia, nostálgico, uma coisa que entra e que se sente, acho o Fado de Coimbra muito bonito". Em 2005 a editora Ovação lança o CD "Outro lado do Fado", laureado com o Prémio Amália Rodrigues para Melhor Álbum de Fado e que inclui temas inéditos e outros criados por Amália Rodrigues. Em 2012, "Momentos" é editado com alguns fados conhecidos do público e algumas músicas em espanhol e italiano.Para além dos inúmeros espectáculos e digressões, com particular incidência nas comunidades de emigrantes, podemos encontrar Lenita Gentil no restaurante "O Faia", onde continua a encantar todos os que lá se dirigem para ouvir e apreciar Fado.

 

Fonte:MUSEU DO FADO

Museu do Fado - Entrevista realizada em 29 de Agosto de 2006.

 

 


 

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