janeiro 26, 2012

UM CD


HOMENAGEM À VOZ


EDUARDO ALÍPIO



Eduardo Alípio foi dos mais promissores fadistas do Porto. Era proprietário do um pequeno restaurante onde o fado acontecia, “O Repuxo do Eduardo”. Gravou muitos trabalhos em CD, K7 e até em LP, como foi o caso do seu: “Alma de Imigrante” apresentado no teatro Rivoli em 1991, numa grande noite de fado com a presença de Fernando Maurício entre outros. O Eduardo chegou a ser Rei do fado do Porto junto com América Rosa, numa iniciativa do jornal “Festival” que tinha como director o José Neves. Partiu prematuramente do nosso seio deixando imensas saudades. Do seu trabalho do CD: “Porque sou sentimental”, escolhi este tema: “Meu enlevo, minha mãe”.





HOMENAGEM AO FADO

HERMÍNIO VIANA

O Viana foi a personagem mais conhecida no meio fadista do Porto. Amigo para todas as ocasiões, alegre, brincalhão e sempre com uma palavra positiva para a vida. Optimista por natureza, o Viana sempre que entrava numa casa de fado, trazia com ele a alegria, num sorriso que muito o caracterizava. Quem não se recorda de o ver tirar fotos com o maço de cigarros e o isqueiro e depois dizer com aquele ar de safado: «Estão prontas quarta-feira». Nunca gravou e sempre que cantava, fazia-o de uma forma divertida, quem não se lembra de: “Aquele automóvel”; “Aquela janela virada p’ró mar”; “O Pintor da Sé”, ou então o seu cartão de visitas em qualquer lado, “Cinco minutos”.











FERNANDO FARINHA


Talvez poucas pessoas saibam que esta figura tão típica da cidade de Lisboa e da sua memória nasceu, afinal, a 20 de Dezembro no Barreiro, em 1928. O seu pai, barbeiro, decide tentar a sorte na capital e, com 8 anos, o pequeno Fernando vem viver para o bairro do Bica. No ano seguinte canta pela primeira vez em público, num concurso entre bairros. Triunfante, com alcunha logo ali ficou: o "Miúdo da Bica". Com 11 anos, por morte o pai, torna-se profissional do fado, para o que foi precisa licença especial. Apoiado pelo conhecido empresário José Miguel, vai ganhar 50 escudos por noite no Café Mondego. Pela mão de Fernando Santos, jornalista e autor, entra ainda criança no Teatro de Revista (Boa Vai Ela), na qual se estreia, igualmente, Laura Alves. Aufere 100 escudos por noite. Assim ampara a família.
O percurso das casas de fados será o seu destino nos anos que se seguem: Retiro da Severa, Solar da Alegria, Café Latino. Com 23 anos vai pela primeira vez ao Brasil. Aí estará durante quatro meses, actuando nas rádios Tupi e Record, de São Paulo. Ao longo de toda a década de 50 internacionalizará, progressivamente, a sua carreira junto das prósperas comunidades portuguesas, sobretudo do Brasil. Em 1957 é nomeado "A Voz mais portuguesa de Portugal", pela Rádio Peninsular.
Presente na televisão desde os seus alvores, Fernando Farinha participa no programa Melodias de Sempre.
A década de sessenta é o culminar da sua popularidade. Segundo classificado em 1961, triunfa em 1962 como Rei da Rádio. No ano seguinte vence o primeiro galardão "Disco de Ouro", à frente de Calvário e de Tudela. Em 1963 ganha o Óscar da Casa da Imprensa para melhor fadista. Participou nos filmes O Miúdo da Bica e Última Pega.
Continuou a sua carreira nas décadas seguintes, actuando sobretudo para as comunidades de emigrantes. Uma das suas facetas menos conhecidas é a sua capacidade como letrista e poeta popular. Destacam-se dos seus êsitos:
Sou do Povo, Deus Queira, Belos Tempos, Dias Contados, Menina do Rés-do-Chão, Fado das Trincheiras, Eterna Amizade, Guitarra Triste.




Fonte: Site “Macua”







GALERIA DA SAUDADE










Fernando Gomes nasceu em Massarelos, no Porto, a 9 de Abril de 1943


Fadista de relevo desta cidade e criador do famoso tema: “Olhai a Noite” de Torre da Guia e Álvaro Martins. Começou a cantar nos anos 60 na casa “A Candeia”, percorreu depois um a um as dezenas de retiros fadistas que entretanto foram abrindo no Porto e arredores: Orquídea Dourada; Trem Desmantelado; Casa da Mariquinhas; Arcadas Dom Vaz; Requinte; Marceneiro; Mal Cozinhado; Rebelo e Tasquinha do Carrasco, entre outros. Fernando Gomes disse adeus ao fado ontem, a 10 de Fevereiro, aos 67 anos


ANDA UM FADO POR AÍ



janeiro 10, 2012

UM CD