outubro 23, 2008

PARABÉNS


JOSÉ FERNANDES

Todos nós fazemos a nossas escolhas.
Mesmo no nosso leque de amigos, por vezes compartimentamos alguns, pomo-los em patamares diferentes uns dos outros (não sejamos hipócritas), é verdade... Temos muitos amigos mas... uns são mais amigos que outros.
Tenho um patamar que elegi como os melhores amigos que tenho, estou a falar daqueles que quando a vida me é adversa estão lá, sempre estão lá, nas horas boas e más. Aqueles que seja onde for são capazes de se lembrar de mim e terem uma palavra ou um gesto de solidariedade. Mas são também capazes de fazerem uma critica construtiva, um reparo, uma atenção especial. Os verdadeiros amigos são assim, muitas vezes sou eu (reconheço) que nem mereço atenção que me dão, mas... Sou grato, sempre sou, porque a gratidão é dos sentimentos maiores que um amigo deve ter para o verdadeiro amigo, isto porque no mundo em que vivemos, onde os valores humanos são adulterados e a solidariedade é cada vez mais uma palavra vã, ter um amigo é a coisa mais bonita que o homem pode ter.
Tudo isto para dizer, que o Zé Fernandes está no meu patamar mais alto, ao lado de alguns (felizmente) de quem tenho a honra de ser amigo. E como o Zé fez anos ontem, quero deseja-lhe as maiores felicidades e que a vida lhe dê tudo que desejar. Parabéns amigo!



O FADO NO PORTO


AUGUSTO FERNANDES
SOU AQUILO QUE SOU/2004

Por onde querem não vou
Meu caminho escolho eu
Sei muito bem por onde vou
Sei bem aquilo que sou
E o que a vida não me deu

Nenhum anjo me guardou
E não há quem me proteja
Só Deus sabe quem eu sou
Eu sou aquilo que sou
Não o que querem que seja

Pode não ser o melhor
Meu caminho por aqui
Talvez de cardos e dor
Seja o caminho que for
Mas fui eu quem escolhi

Quem na vida m’apontou
Por despeito ou por derriço
Não sabe para onde vou
Não sabe aquilo que eu sou
E nem tem nada com isso

As decisões não me afectam
Ninguém as toma por mim
Como eu já poucos restam
E muitos que me contestam
Gostavam de ser assim

O FADO NO PORTO

LANÇAMENTO DO NOVO CD DE NELSON DUARTE
No Clube Fenianos Portuenses
Dia 17/Out.
O NELSON E SEUS CONVIDADOS
.
NELSON DUARTE
.ALEXANDRA GUIMARÃES
.FLORÊNCIA.
ANGELINA PINTO
.
MANUEL MORAIS
.
NATÉRCIA MARIA
E AINDA, OS LETRISTAS
Manuel Guimarães
António Torre da Guia
Manuel Carvalho
A. Fernando Alves
Joyce Piedade
e José Guimarães (representado por Inês Guimarães)
OS EXCELENTES INSTRUMENTISTAS
GUITARRA: Miguel Amaral
VIOLA: André Teixeira
CONTRABAIXO: Filipe Teixeira
A APRESENTAÇÃO FOI DE: Júlio Couto





























































































outubro 13, 2008

PARABÉNS


NEL GARCIA * ALFREDO GUEDES * ANTÓNIO PASSOS
Mais três “grandes senhores” do fado no norte, festejam o seu aniversário natalício, respectivamente:
NEL GARCIA, autor, compositor e eximo instrumentista, no dia 13
ALFREDO GUEDES, autor e interprete consagrado, no dia 14 e
ANTÓNIO PASSOS, Apresentador, divulgador e interprete, no dia 17.
A este triunvirato, os nossos parabéns.

FADO NO PORTO


CÁTIA SOFIA

MINHA MÃE E MEU FADO / 2004

Amor de mãe é sagrado
Eu canto aqui a preceito
Mas minha mãe e meu fado
Cabem os dois no meu peito

Eu arranjei um cantinho
Bem dentro do coração
P’ra minha mãe o carinho
Para o fado minha afeição

Canto assim de pequenina
Pró fado nasci talhada
Se o fado não se ensina
Então nasci ensinada

Se foi Deus ò minha mãe
Que meu destino traçou
Então foi ele também
Qu’este fado m’ensinou



FADO NO PORTO


MANUEL BARBOSA
Manuel Barbosa, uma das vozes mais castiças do fado no norte, conta já com algumas êxitos gravados, ao longo de 15 anos de carreira.Natural de Paranhos na cidade do Porto, Manuel Barbosa possui um palmarés invejável como vencedor de Concursos de fado como: Lordelo do Ouro; Valadares; Fado Gaia, mas principalmente, a Grande Noite de Fado de 1995 realizada pela Casa da Imprensa no Coliseu do Porto. Com algumas presenças na TV, Manuel Barbosa tem sabido angariar admiradores ao longo do seu percurso fadista.
Desse percurso auspicioso, faz parte o lançamento de mais um CD com o título: “FADO? A MINHA VIDA”, editado pela Conquista e que teve a sua apresentação no passado domingo (dia 12), no restaurante “Manancial”. Ao Manuel Barbosa, votos de grandes êxitos para este novo trabalho.

outubro 03, 2008

FADISTAS DO PORTO


NELSON DUARTE
Nasceu no Porto, cresceu, trabalhou, amou, casou, foi pai e desde sempre viveu na “Mui nobre e invicta cidade”. Quando viaja, ao cabo de uma dezena de horas, começa a sentir que algo lhe falta, esteja aonde estiver, e em breve descobre que os genes lhe impõem por toda a pele o apelo do regresso ao quotidiano do burgo portuense.
Nelson do Carmo Duarte veio à luz da vida em Cedofeita, a 15 de Março de 1950 e passou toda a sua infância no Largo da Maternidade – o Campo Pequeno. Aos 17 anos mudou-se para Ramalde, onde estabeleceu em definitivo sua vida e ainda hoje (aos 57 anos - 2007) reside.
Desde miúdo que tendeu para as cantigas, fascinado pelas melodias então em voga. Persistindo, ao dealbar de 1967, iniciou-se como cançonetista no célebre programa Festival, evento criado pelo saudoso Fernando Gonçalves, o qual, destinado a descobrir e a promover novos valores portuenses, se realizava com enorme sucesso aos domingos no Cine-Teatro Vale Formoso. Daí, alguns anos depois, surgiu a Rádio Festival, um êxito conduzido por José Neves (O Senhor Fado) que se expandiu em popularidade radiofónica e que no actual decurso concita uma larga, sólida e fiel audiência.
Teve assim ensejo de integrar-se em franco convívio e participação com benquistos nomes da música ligeira portuguesa: Rosita, Aurélio Perry, Rosa Barros, Broa de Mel (Zé Carlos e Maria José), Manuel Morais (O Rei da Alegria), Fátima Caldeira, Silita Lopes, Manuel Sanches, Maria de Fátima (O Passarinho do Festival), entre muitos outros, onde principalmente se destacam figuras consagradas como Hermínia Silva, António Calvário, Marco Paulo e Nicolau Breyner.
A partir de 1971, em cumprimento do serviço militar obrigatório, foi mobilizado para Angola e à paixão pelas cantigas deve o aprazível proveito que então conseguiu fruir, o que até muito amenizou o tempo de guerra, participando em muitíssimos espectáculos na companhia do casal Rui e Salomé Cardinal, Carlos Miguel (hoje Carlos Quintas), percorrendo e actuando nos mais variados locais de Nova Lisboa, Sá da Bandeira e Luanda.
De regresso ao Porto, a ambiência político-social na altura decorrente, não sendo favorável ao seu género de interpretação, obrigou-o a um longo hiato de 15 anos, mas sempre na perspectiva de voltar ao seu dilecto ofício, o que veio a acontecer em 1990, só que, desta feita, integralmente devotado ao Fado. Gravou de imediato «Prova de Amor» e desde aí, até à actualidade, fez também prova de que veio para decisivamente ficar até ao fim.
Sob reportório clássico e sobretudo em composições de José Guimarães, Torre da Guia, Fernando Campos de Castro, Alice Barreto, José Fernandes Castro, Manuel Carvalho, Joaquim Brandão, Joyce Piedade e A. Fernando Alves, a par do excelente acompanhamento musical que lhe disponibilizaram os consagrados guitarristas Manuel dos Santos, Eduardo Jorge, Mário Henriques, Samuel Cabral, Raimundo Seixas e Costa Branco, entre tantos outros, tem participado em inúmeros espectáculos, serões e convívios fadistas. Gravou ultimamente o álbum-cd «Fados do Meu Fado» e assim tenciona continuar com devotado almejo.
Nelson Duarte, além de ser deveras um intérprete de Fado com notáveis recursos vocais, é sobretudo um esmerado profissional que faceia com afável dignidade as vicissitudes decorrentes. É sobretudo, no meu apreço, uma excelente pessoa e um empolgante amigo do seu amigo.

Texto: Torre da Guia


A Pequena biografia de Nelson Duarte, que Torre da Guia tão bem sintetizou no texto acima, data de 2007. Hoje, passado um ano, o Nelson Duarte agigantou-se ao dar mais um passo na sua brilhante carreira de fadista (orgulhosamente) do norte, mas que sabe com sua voz e presença, ombrear com os melhores do país. Assim, é já no dia 17 de Outubro que a linda sala do Clube dos Fenianos Portuenses, abrirá as suas portas para a festa do lançamento do seu novo trabalho “Um Brinde à Vida”. Nessa noite, Nelson Duarte irá receber os seus convidados e amigos, autores e interpretes que com ele hão-de fazer “Um brinde à Vida”.

FADO NO PORTO


AUGUSTO FERNANDES



CAMARADAS DE GUERRA / 2005

Nós partimos com o vento
Numa guerra sem verdade
Se demorava mais tempo
Morríamos de saudade

O Destino nos juntou
Num ponto para lá do mar
Foi ele quem nos roubou
Tanto tempo sem sonhar

Nos olhos levamos medos
E o peito a transbordar
De juventude e segredos
Ainda por desvendar

Desses dias que perdemos
Dessas noites que choramos
Ficam lembranças que temos
Amizades que ganhamos

Somos da tal geração
Que sofreu mas foi capaz
De andar de armas na mão
Mas fazer também a paz




FADO NO PORTO



MANUEL MORAIS e Lurdes de Sousa

Manuel Morais, pessoa onde a palavra Humanidade cabe com exemplar rigor, agora em busca da sua 76ª. Primavera, persiste vigoroso, como se de empolgado jovem se tratasse, na sua auspiciosa carreira artística, longa de 60 anos, toda feita da salutar mistura que coloca a saudade - antiga telefonia alimentada a vinil - perfeitamente actualizada sob os domínios da técnica que cada vez mais surpreende pelo inovado avanço.. O saudoso e qualificado empresário Fernando Gonçalves designou-o em época transacta por «Rei da Alegria», apodo que MM continua a esmerar para assim prosseguir liberto da tristeza de todas as dívidas. A juntar a mais de meia centena de outros interessantes e memoráveis efeitos, também mais uma vez MM surge à lide com um novo trabalho discográfico, este CD, que com azada propriedade titulou de «Cantas tu e canto eu», onde apresenta 16 alegres e airosos números em parceria com Lurdes de Sousa, excelente intérprete, cançonetista e fadista nortenha, que há 25 anos com estreita fidelidade o acompanha nos mais diversos recintos, palcos e cenários. Pessoalmente, enfim, ao Manuel e à Lurdes, aquém e além dos anódinos votos que por todo o lado inúteis esvoaçam, desejo-lhes sobretudo que as inevitáveis vicissitudes não cessem de despertar-lhes o anseio de mais e mais serem o que são, deixando-lhes também aqui e em vénia um sincero apelo: depois de tantos e tantos, vá, «só mais um...», que quiçá até possa ser o título do próximo.
CANTAS TU E CANTO EU
01. - A Nossa Cantiga
02. - Maria Cheia de Graça
03. - Amor no Quintal
04. - Rusga da Vitória 2008
05. - M & M
06. - Fado Numerado
07. - O São João Tripeiro
08. - Lisboa é sempre assim...
09. - Teia de Amor
10. - Jura que me queres
11. - Dá-me beijos muitos beijos
12. - Eu já não sou essa
13. - Marcha dos Três Santos
14. - Quero para ti mais e mais
15. - Fadinho Serrano
16. - Dona Chica Senhor Pires

Texto de Torre da Guia