2004 / MARIA MAIA
FADOCANTO
Música própria / Nel Garcia
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Trago fado no peito como alento
Junto ás minhas coisas mais secretas
Dou-lhe a minha voz cantando ao vento
Palavras mais sentidas dos poetas
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Foi fado o meu nascer ó minha mãe
Foi fado amores que tive e vi morrer
É fado o meu viver sem ter ninguém
Será fado o meu fim quando vier
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Meu modo de cantar este meu jeito
Nasceu comigo numa tarde calma
Por isso trago fado no meu peito
E canto quando a dor m’invade a alma
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É fado a minha voz que por encanto
Te leva esta mensagem plangente
É fado este sentir que t’amo tanto
E dize-lo cantando a toda a gente
2005 / CÁTIA SOFIA
ASSIM É MEU FADO
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Mal tive a noção de ser gente
Nasceu p’ra mim o fado nesse dia
Agora deixem que m’apresente
Sou para todos vós Cátia Sofia
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Trago junto à garganta o coração
Na minha voz o grito de criança
Que o fado seja sempre esta razão
Tão verde como um hino de esp’rança
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Trago também o peito a transbordar
De sentimentos feitos de pureza
E ponho alegria em meu cantar
Porque o fado não é sempre tristeza
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Trago neste meu cantar plebeu
A mensagem de paz o meu recado
Agradecendo a voz que Deus me deu
E fazer-me gostar tanto de fado
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Quero abrir as portas mais secretas
Que o fado ás vezes fecha a quem é novo
Cantar pelas palavras dos poetas
O sentir mais profundo do meu povo
2005 / CÁTIA SOFIA
CANTAR
Fado Amora / Joaquim Campos
Há muita gente a meu lado
Que me tem dito em surdina
Não deves cantar o fado
Ainda és tão pequenina
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Não hesito em responder
O que penso ser verdade
Deixem cantar quem quiser
O fado não tem idade
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De cantar até aposto
Gostava quem me diz isso
Se canto é porque gosto
Ninguém tem nada com isso
.
Tal e qual o respirar
Que o ser vivo domina
Eu morro se não cantar
Qu’importa ser pequenina
.
Enquanto voz Deus me der
Não m’importa o que se diz
Serei fadista e mulher
E a cantar vou ser feliz
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