Júlio Peres nasceu em Alcântara em 1909. Órfão de mãe, viveu a
sua infância junto do avô e da irmã. Em criança, revela todo o seu potencial
talento, e com apenas 11 anos começa a cantar. Aos 15 anos, Júlio Peres toma
parte em serenatas em Lisboa, profissionalizando-se aos 18 anos quando começa a
actuar nas casas de fado. A par da sua actividade artística, Júlio Peres foi
também gerente do “Café Luso”.
No livro “Histórias do Fado” escreve-se: “Entre os seus
companheiros habituais contavam-se Gabino Ferreira, Frutuoso França, José
Coelho, Júlio Vieitas e Manuel Calixto, com quem participou em muitas cegadas”.
Dotado de uma excelente voz, Júlio Peres foi também um exímio
dançarino, facto que o levou a ganhar vários prémios. Do seu repertório
destaque para os temas “Velho Tinteiro”, “Como a Vida Passa” e “Ó Minha Mãe
Minha Amada”."Actuou na Festa de Inauguração da Cervejaria Monumental, no
dia 19 de Julho de 1945, conjuntamente com Isabel de Oliveira, Fernanda
Baptista, Moisés Campelos, Berta Cardoso, a cantadeira cigana Maria Helena Maia
e Ivete Pessoa (que se estreou com êxito)" (cf. Guitarra de Portugal de 22
Julho 1945)
Faleceu em 1995.
Fonte:MUSEU DO FADO
“Guitarra de Portugal”, 22 de Julho de 1945
Guinot, M.; Carvalho, R.; Osório, J.M. (1999) “Histórias do
Fado”, col. “Um Século de Fado”, Lisboa, Ediclube.
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