A Colectânea «Os Fados da Alvorada»: São três Volumes num total de 54 fados, onde reúne 25 temas pela primeira vez em CD. Teve apresentação ao público no Museu do Fado, no dia 1 de Março. Trata-se de uma edição com o selo da Movieplay, que inclui uma brochura com textos explicativos e fotografias inéditas. O autor deste belíssimo trabalho é do investigador José Manuel Osório, que repõe, em muitos casos, a «verdade dos factos».Diz o investigador:
«Esta colecção começa da melhor maneira, com um imbróglio daqueles à antiga portuguesa. A capa original do disco que abre esta colecção refere, na contracapa, o seguinte: Rosa Caída, letra de José Guimarães e música de Joaquim Campos. O autor da letra está errado. O título corresponde efectivamente a um poema de José Guimarães mas o que acontece é que, após leitura do texto original deste poeta, que consultei na Sociedade Portuguesa de Autores, este não correspondia ao texto que Ada de Castro cantava. Pedi então para ver os manuscritos entregues naquela Sociedade, onde as palavras Rosa e Caída apareciam, afim de poder chegar a conclusões. Encontrei então um outro texto, com o título A Rosa, da autoria de Joaquim da Silva Borges, poeta nortenho acerca do qual nada consegui saber pois, na SPA, não existem dados sobre este autor (*). Era este justamente o poema que eu procurava! Não se podia começar melhor: um autor errado desde a data da sua primeira publicação em 1961; um título errado, há 48 anos, e uma quantidade de versões cantadas pelas mais diversas intérpretes, com repetição em tods, deste erro».
(*) Para satisfazer o pedido do meu amigo José Manuel Osório, sobre notas biográficas deste autor da cidade do Porto, consultei alguns amigos e diversas identidades como: Arquivo Histórico e Municipal do Porto e a Junta de Freguesia da Vitória, apesar da amabilidade e atenção concedidas, nada adiantou. O Pouco que soube deste autor portuense, foi-me dito pelo meu amigo e fadista desta cidade, Nelson Duarte, que gravou no CD “A Noite do Regresso”o tema: “A Jóia mais bonita”, de Joaquim da Silva Borges. Através do cantor popular do Porto, o meu prezado amigo Manuel Morais, soube que chegou a conviver com o poeta e também, que Joaquim S. Borges, escreveu peças de teatro de Revista, entre muitas letras para fado e canção. Informei disto o meu querido amigo e investigador José Manuel Osório, que apenas sabia que o poeta residiu na Rua de Traz e faleceu em 1961.
Fica o apelo aos meus leitores, que possam saber mais dados importantes sobre este poeta
portuense, que me informem para que (como é costume…) não fique no rol dos esquecidos.
Manuel Carvalho
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