MARIA DA FÉ
Mudou-se para Lisboa há 47 anos, mas regressou ao Porto – «à minha terra», como refere – para cumprir uma promessa antiga, de cantar na Casa da Música com todas as condições. Depois de ter inaugurado, com Ricardo Rocha, o Festival Em Obra Aberta, em 2003, em que havia pó por todo o lado e os camarins eram improvisados, a fadista portuense regressa agora, três anos depois da abertura oficial, para um concerto há muito esperado. Orgulhosa por ter estado presente num momento tão importante, a agora fundação, Maria da Fé recorda: «Fiquei muito sensibilizada por ter sido das primeiras a actuar na Casa da Música. É uma das grandes vaidades que tenho em relação ao Porto». Co-proprietária de uma das mais conceituadas casas de fado de Lisboa, o Sr. Vinho, Maria da Fé conversou com a Casa da Música de forma a antecipar o espectáculo: «Canto há quase 50 anos e nunca preparo nada porque o Fado, por si só, é muito especial». Cuidadosa com a sua imagem e carreira, a fadista que se revelou com apenas nove anos acredita que «as pessoas têm muita fome de me ver ao vivo porque é sempre uma surpresa e uma oportunidade». A morar em Lisboa desde os 18 anos, para onde se mudou à procura de uma oportunidade, Maria da Fé recorda a insistência da sua mãe para que continuasse a cantar na adolescente. Hoje não tem dúvidas: «Foi um bom investimento e, depois de tantos anos, dei tudo de bom ao Fado». O balanço é positivo, é caso para dizer «Valeu a pena» (título do seu primeiro grande sucesso de 1967).
Fonte: Site de Fernando Gil (Biografias)
Fonte: Site de Fernando Gil (Biografias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário