julho 30, 2008

EDUARDO ALÍPIO


MARIA DO DOURO / 1991

Bonita de cor trigueira
Tem nos braços a canseira
Duma vindima do Douro
Tem no corpo o movimento
De danças feitas ao vento
Num campo de milho louro

Maria do Douro
Tu és o tesouro
Que ainda me resta.
É doce teu vinho
Que alegra o povinho
Em dias de festa.
Na terra que amanhas
Na luta que ganhas
O pão do teu dia.
É teu esse chão
E queiras ou não
És Douro Maria.

Nascida em terra de lendas
Na arca que guarda rendas
Vive uma moura encantada.
E nos “Cantaréus” que canta
Anda uma alegria santa
A ponto de cruz bordada

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