EDUARDO ALÍPIO
NÃO LHE DIGA QUE ME VIU / 1997
Você e amiga
Mas não lhe diga, que me viu
P’ra quê criar
Um mal-estar, a quem fugiu
Desta rotina
Que nos domina e a vida tem
E afinal
Qual foi o mal, diga também
Sei que não gosta
Só me desgosta
Dizer do fado
Qu’é horroroso
Qu’e piroso
Mal-educado
O fado canto
Porque amo tanto
Essa mulher
Talvez ajude
Talvez mude
Se lhe disser
Mas já que insiste
E não resiste, à ansiedade
Vá lá e diga
À sua amiga, só a verdade
Que me viu cantar
E estilar fado a valer
Nunca lhe disse
Pois se me visse ia sofrer
Nenhum comentário:
Postar um comentário