(continuação)
Na última que li, falava sobre a fome que infelizmente grassa no país e que muita gente não se apercebe. (“ A disparidade, entre as 200 mil pessoas (número publicado num estudo recente), que têm sérias dificuldades em comer, e as verbas gastas por exemplo, com o Euro2004 ou o ordenado do seleccionador português, que segundo se sabe é de trinta mil contos na moeda antiga, o que dá mil contos por dia [aquilo que um operário com o salário mínimo, não recebe num ano de trabalho].
Mesmo com o estado a pagar uma média de 53 euros (o que é manifestamente pouco) a mais de 300 mil pessoas, com o Rendimento Social de Inserção. Ainda com o desemprego a subir devido a várias falências que têm ocorrido nos últimos anos [sem que o estado vá indagar o porquê], juntando ainda, aqueles que pouco recebem de reforma ou invalidez [ainda com as novas leis de uma segurança social em quase estado de falência], a crise é quase geral, pois os ricos continuam mais ricos [reparando como o norte do país continua a ser o local onde mais automóveis de grande cilindrada se vende], num Portugal onde o que interessa é o futebol, as telenovelas, o Big Brother e as revistas cor-de-rosa. Num Portugal onde se acusam os trabalhadores de produzir pouco, mas que possui os piores gestores da Europa, que só olham para o próprio umbigo e passam a vida a pedir dinheiro ao estado”).
São sempre assim contundentes os artigos que escreve e não é por acaso, que o Marques se assume como um verdadeiro humanista e homem de esquerda. O Marques foi há pouco convidado, para ser responsável por uma nova revista “A Guitarra do Norte”, a ser editada pelo recente pelouro cultural do Clube do Fado do Porto.
————— * —————
Destas publicações sobre o fado, muitos jornais e até revistas foram publicadas ao longo dos tempos, infelizmente de efémera duração, como é o caso da mais recente revista “Fados dos Fados” de Junho/2002, editado por João Branco Miguel, que embora de grande qualidade gráfica não venceu o obstáculo do primeiro número.
Grande parte das publicações editadas sobre Fado, foram de Lisboa, o Porto nunca soube alimentar essa ideia. Apenas uma em 1922, teve filial nesta cidade, na rua da Alegria, 860, tinha o título de “Guitarra de Portugal”.
Foram estas as publicações sobre fado (e por ordem cronológica), que existiram:
1870 - A Lira do Fado
Desconheço o Autor (?)
1876 - Fado Novo
Desconheço o Autor (?)
1878 - A Lira do Fadinho
Desconheço o Autor (?)
1910 - O Fado
De Carlos Harrington (13 números)
1910 - O Fadinho
De José Carlos Rates (7 Números)
1916 - A Canção de Portugal o Fado
De José Gonçalves (122 números)
1917 - O Faduncho
De Artur Arriegas (10 números)
1919 - A Trova Popular
De José Nunes (79 números)
1921 - A Canção Portuguesa
De Vítor de Sousa (9 números)
1922 - Guitarra de Portugal
De João Linhares (368 números)
1923 - O Fado
De Manuel Soares (22 números)
1923 - A Canção do Sul
De Venceslau de Oliveira (21 números)
1926 - A Canção do Povo
De Henrique Bruno (2 números)
1927- Canção Nacional
De João da Mata (6 números)
1930 - A Canção do Sul (2ª edição)
De António Cardo (289 números)
1945 - Guitarra de Portugal (2ª edição)
De João Linhares (45 números)
1947 - Ecos de Portugal
De António Costa (?)
Desde a década de 50 até ao ano 2000, não tenho conhecimento de nenhuma publicação, mas acredito que tenha havido
Pág.10 (continua)
Na última que li, falava sobre a fome que infelizmente grassa no país e que muita gente não se apercebe. (“ A disparidade, entre as 200 mil pessoas (número publicado num estudo recente), que têm sérias dificuldades em comer, e as verbas gastas por exemplo, com o Euro2004 ou o ordenado do seleccionador português, que segundo se sabe é de trinta mil contos na moeda antiga, o que dá mil contos por dia [aquilo que um operário com o salário mínimo, não recebe num ano de trabalho].
Mesmo com o estado a pagar uma média de 53 euros (o que é manifestamente pouco) a mais de 300 mil pessoas, com o Rendimento Social de Inserção. Ainda com o desemprego a subir devido a várias falências que têm ocorrido nos últimos anos [sem que o estado vá indagar o porquê], juntando ainda, aqueles que pouco recebem de reforma ou invalidez [ainda com as novas leis de uma segurança social em quase estado de falência], a crise é quase geral, pois os ricos continuam mais ricos [reparando como o norte do país continua a ser o local onde mais automóveis de grande cilindrada se vende], num Portugal onde o que interessa é o futebol, as telenovelas, o Big Brother e as revistas cor-de-rosa. Num Portugal onde se acusam os trabalhadores de produzir pouco, mas que possui os piores gestores da Europa, que só olham para o próprio umbigo e passam a vida a pedir dinheiro ao estado”).
São sempre assim contundentes os artigos que escreve e não é por acaso, que o Marques se assume como um verdadeiro humanista e homem de esquerda. O Marques foi há pouco convidado, para ser responsável por uma nova revista “A Guitarra do Norte”, a ser editada pelo recente pelouro cultural do Clube do Fado do Porto.
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Destas publicações sobre o fado, muitos jornais e até revistas foram publicadas ao longo dos tempos, infelizmente de efémera duração, como é o caso da mais recente revista “Fados dos Fados” de Junho/2002, editado por João Branco Miguel, que embora de grande qualidade gráfica não venceu o obstáculo do primeiro número.
Grande parte das publicações editadas sobre Fado, foram de Lisboa, o Porto nunca soube alimentar essa ideia. Apenas uma em 1922, teve filial nesta cidade, na rua da Alegria, 860, tinha o título de “Guitarra de Portugal”.
Foram estas as publicações sobre fado (e por ordem cronológica), que existiram:
1870 - A Lira do Fado
Desconheço o Autor (?)
1876 - Fado Novo
Desconheço o Autor (?)
1878 - A Lira do Fadinho
Desconheço o Autor (?)
1910 - O Fado
De Carlos Harrington (13 números)
1910 - O Fadinho
De José Carlos Rates (7 Números)
1916 - A Canção de Portugal o Fado
De José Gonçalves (122 números)
1917 - O Faduncho
De Artur Arriegas (10 números)
1919 - A Trova Popular
De José Nunes (79 números)
1921 - A Canção Portuguesa
De Vítor de Sousa (9 números)
1922 - Guitarra de Portugal
De João Linhares (368 números)
1923 - O Fado
De Manuel Soares (22 números)
1923 - A Canção do Sul
De Venceslau de Oliveira (21 números)
1926 - A Canção do Povo
De Henrique Bruno (2 números)
1927- Canção Nacional
De João da Mata (6 números)
1930 - A Canção do Sul (2ª edição)
De António Cardo (289 números)
1945 - Guitarra de Portugal (2ª edição)
De João Linhares (45 números)
1947 - Ecos de Portugal
De António Costa (?)
Desde a década de 50 até ao ano 2000, não tenho conhecimento de nenhuma publicação, mas acredito que tenha havido
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